sexta-feira, abril 13, 2007

De Amor escrevo...


Fotografia de Haleh Bryan


De Amor escrevo, de Amor falo e canto;
E se minha voz fosse igual ao que amo,
Esperara eu sentir na que em vão chamo
Piedade, e na gente dor e espanto.

Mas não há pena, ou língua, ou voz, ou canto
Que mostre o amor por que eu tudo desamo,
Nem o vivo fogo em que me sempre inflamo,
Nem de meus olhos o contino pranto.

Assi me vou morrendo, sem ser crida
A causa por que em vão mouro contente,
Nem sei se isto que passo é vida ou morte.

Mas inda da que eu amo fosse ouvida
E crida minha voz, e da vã gente
Nunca entendida fosse minha sorte!


(Soneto I de Pêro de Andrade Caminha in "Poesias Inéditas")

10 comentários:

  1. Também eu "mouro", às vezes, mas é a sina de quem ama...

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  2. Dois Prêmios, dois ótimos blogs! Que fôlego! O Ruben tem ótimo gosto. Adorei suas ilustrações das postagens! As poesias e musica idem. blogs muito bem cuidados.

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  3. Dois Prêmios, dois ótimos blogs! Que fôlego! O Ruben tem ótimo gosto. Adorei suas ilustrações das postagens! As poesias e musica idem. blogs muito bem cuidados.

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  4. Dois Prêmios, dois ótimos blogs! Que fôlego! O Ruben tem ótimo gosto. Adorei suas ilustrações das postagens! As poesias e musica idem. blogs muito bem cuidados.

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  5. gosto de vir ...adoro ler-te.

    beijos

    della

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  6. cumprimentos
    vou colocar um link do seu blog num dos meus "joooliveira.blogspot.com", o outro meu blog é "terrasdetavares.blogspot.com"
    parabéns por este blog, se quiser coloque um link do meu, obrigado

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  7. Uma visita á Poesia Portuguesa, é sempre um prazer renovado!

    Beijinhos da

    Maria

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  8. Doce descanso ler e estar aqui...
    parabéns

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  9. Fantástico este soneto e a imagem não podia ser melhor escolhida.
    Mil beijos da Ana

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