domingo, julho 15, 2007

Resposta do amigo


Imagem de Pages of Iink


as minhas velas
não ardem até ao fim:

apago-as sadicamente
sufocando-as do ar
com que me consomem
ou esmago o caule da chama
no poço líquido da cera quente

(nas intermitências da luz
e da morte
escondem-se os fantasmas
que abrigo debaixo da cama)

apagadas
deixam-se ficar na memória
acesas e coradas
como uma memória

nunca acendo as velas que apaguei:
extintas não me queimariam

(Poema da
Inominável)

10 comentários:

  1. Passa pelo "BEJA" onde se encontra um prémio justo ao teu trabalho de divulgação da poesia.

    Bom domingo

    Bjs.

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  2. Profundo e quase enigmática. apagar o que não acabou, representa o medo de realmente acabar e guardar, deixa esperança que se extinta, não mais teria.
    Lindo demais!
    Boa semana!
    Bjs.

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  3. A Inominável aqui... ela é terrivel ahahahah

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  4. poemando a gente se encontra por aí mesmo sem se dizer

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  5. Um acervo po�tico consider�vel. Passo muitas vezes no sil�ncio e degusto com prazer estas leituras.
    Beijinhos

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  6. Interessante jogo de imagens e de palavras.

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  7. Voltou...
    noites-de-lua-branca@hotmail.com

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  8. Queria dizer:
    noites-de-lua-branca.blogspot.com

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