segunda-feira, maio 25, 2009

Silhueta

Foi sempre o objectivo deste blogue divulgar os poetas e a poesia que dispersamente se descobre neste mundo blogosférico.

De forma a criar um ponto de encontro onde, igualmente, os poetas possam difundir as suas páginas e as suas palavras, nasceu o
Club dos Poetas Vivos que está disponível a todos os que a ele queiram aderir.

Partilhe e divulgue.


Imagem de Fabio Pallozzo


A tua silhueta
De contornos suaves
Habita num frenesim
De momentos fugazes
Clepsidra inconstante
De regressos vorazes
Onde me perco e encontro
Em carícias mordazes

Paleta de tons esparsos
Que a natureza verteu
Num devir extemporâneo
Que agora cedeu
Sobressaem os contornos
Do corpo que é teu
Eternizado que está
Na candura do breu

(Poema de Helder in Letras do Imenso Desconhecido)








(desligar a música de fundo para ouvir o poema, p.f.)

Nota: Adaptação deste poema a tema musical pelo próprio autor…

12 comentários:

  1. Ainda não consegui entender como é que funciona isso do facebook embora já lá esteja há uns tempos. Mas pronto, um dia destes percebo. Beijinhos.

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  2. Excelente trabalho fazes neste blogue!
    Lindo, como sempre, o poema seleccionado.
    Beijinho

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  3. Olá

    depois do que li e vi aqui nem tenho palavras, fantástico trabalhos. Bjhs e boa semana

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  4. OLÁ, GOSTEI MUITO DO QUE LI... OS MEUS SINCEROS PARABÉNS!!!
    BEIJINHOS,
    FERNANDINHA

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  5. axei bacana demais o som do violão. kem é o cara?
    Márcia

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  6. Como sempre Helder consegues fazer com que me apaixone pelas tuas letras. Continua.....tenho a certeza que ainda farás coisas grandiosas que diferenciem a nossa língua e cultura do restante mundo. Sempre em grande a tua alma lusa. Parabéns!

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  7. Antes de mais parabéns pelo trabalho de quem está à frente do blog. É verdadeiramente impressionante o trabalho desenvolvido neste espaço que procura compilar os poemas "perdidos" por essa blogosfera.

    Quanto ao poema muito bem conseguido (dentro do seu estilo). Deixo o endereço do meu novo projecto
    http://omphalosdementia.blogspot.com/

    Espero visitas. Os melhores cumprimentos.

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  8. Passei para informar que indiquei o seu blog para receber o Prêmio “Este blog é pura luz”.
    Veja essa indicaçao no blog calabro-lusofono “Utopie calabresi”: http://utopiecalabresi.blogspot.com/2009/06/utopie-calabresi-ha-ricevuto-il-premio.html
    Parabéns!!!
    Domenico Condito

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  9. Parabéns pelo lindo poema e pelo blog. Sou poeta também e criei um blog para divulgar meu trabalho. Se puder, dê uma passada por lá.
    Grande abraço!


    SUJEITO OCULTO (Victor Colonna)

    O problema são as conjunções desconjuntadas
    As interjeições rejeitadas
    Os adjetivos desajeitados
    Os substantivos sem substância
    As relações de deselegância entre as palavras.

    É preciso superar o superlativo:
    O absoluto sintético
    E o analítico.
    Achar o verso
    Entre o verbo epilético
    E o pronome sifilítico.

    Falta definir o artigo inoxidável
    O numeral incontável, impagável.

    Resta procurar o objeto direto
    Situar o particípio passado
    E o pretérito mais-que-perfeito

    Desvendar a rima
    Desnudar a palavra
    Encontrar o predicado
    E revelar o sujeito.


    NÁUFRAGO (Victor Colonna)


    Embarco numa rima ruminante
    E parto numa estrofe estropiada
    Eu paro, penso, pausa...e num rompante
    Encontro um verso que não leva a nada.

    Eu vejo a poesia tão distante
    Me afogo na superfície da palavra
    Eu sumo num soneto dissonante
    Sufoco numa sílaba que trava.

    Perdido numa quadra sem quadrante
    Sou menos que figura, figurante
    Pseudo-comandante, e vivo em dilema

    Espero que a onda não me traia
    E nado em desespero até a praia
    Salvo o poeta mas naufrago no poema.

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  10. Excelente!!!!Obrigada pela partilha Menina Linda!
    Jinho

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  11. Ana,
    parabéns pela iniciativa de divulgar os poemas. Seu blog é lindo. Seguem dois poemas do meu livro "Cabeça, Tronco e Versos":

    BOCA DO ESTÔMAGO

    Minha língua afiada
    Cortou o céu da boca:
    Passei a cuspir marimbondos

    Era tanto veneno
    Que toda ferida era casca
    Todo ruído era estrondo

    Um dia, desatento
    Passei ungüento na boca
    E amaciei o céu

    Pus-me a cuspir marimbondos
    e abelhas
    Sangue adoçado
    Veneno e mel.


    ANTI-ÍCARO

    Não sei se foi vôo
    Ou queda.

    O abismo me encontrou
    Quando pus os pés no chão.

    Não desejei estrelas
    Nem derreti as asas
    Ao procurar o sol.

    Caí sem ter subido aos céus.

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