quarta-feira, junho 16, 2010

ausência


Imagem de Marta Dahig

À sombra da tua ausência
Repouso os meus olhos
Fechados, inertes
Vagueiam por mim
Procurando destroços
Em que despertes,
De repente…

Sei-te ausente,
- Mesmo…
Sei que não posso
esperar-te
- De todo…
Mas este vício
De aguardar-te
Prende-me como lama,
Lodo
Atrofiante, espesso…

E como nódoa
Entranhada
Permaneces como gesso
Colado à parede
Do meu afecto
Qual vinagre
Na minha sede
Qual erro
De tudo
Quanto em mim
Está certo…


Poema de
Virgínia do Carmo

17 comentários:

  1. Muito grata pelo seu gesto e pelas suas palavras... Virei com mais calma para conhecer melhor este magnífico blogue!

    Mais uma vez obrigada e deixo, sensibilizada, o meu abraço

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  2. PP

    mais uma bela escolha de um poema belissimo.

    grata pela divulgaçao desta autora, que confesso.nao conhecia.

    beij

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  3. Um lindo poema que gostei de ler.
    Estamos de parabéns por este site voltar ao normal funcionamento a que nos habituámos.
    Mauro Ferreira do Amaral

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  4. Lindo mesmo! Essa saudade imbricada nas vísceras, tatuada na pele, na alma!

    :)

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  5. Lindo poema que é uma metáfora perfeita.

    Júlia Lopes
    Benavente

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  6. Gosto do poema da Virgínia do Carmo. Obrigada pela partilha.
    Um beijo.

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  7. A Virgínia é maravilhosa, e este blog também. Adorei a foto do post.

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  8. Gostei imenso deste espaço de poesia.
    Como também escrevo, gostava que visitassem o meu blog de poesia e deixassem a vossa opinião =)
    www.arte-poetica-ss.blogspot.com
    Boa sorte para todos

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  9. Gostei do poema!
    Se quiser ver o meu blog:
    http://fiquemais.blogspot.com/
    Valeu

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  10. gostei do teu espaço:) visita o meu e opina:) debbysilva.blogspot.com

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  11. Palavras fortes descrevendo o sentimento saudade. Belíssimo!
    Beijinhos
    Ceiça

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  12. nada como este poema, para receber um "ausente".

    que bom continuares a divulgar a poesia e os poetas.

    beijinho

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  13. HÁ PESSOAS QUE NÃO GOSTAM DE POESIA. PORQUE SERÁ?

    Tu estás em mim como eu estive no berço
    como a árvore sob a sua crosta
    como o navio no fundo do mar

    Mário Cesariny

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  14. MARAVILHOSA POESIA...
    BELA COMO VOCÊ.
    BJOS ACHOCOLATADOS

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  15. Realmente gostei deste poema, é o que ausência nos provoca... e gosto da maneira de como o próprio corpo textual do poema está feito

    Muito bom!

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