terça-feira, agosto 30, 2011

Insensatez


Imagem de Alexey Andreev



Não foi o vento nem as marés que levaram das águas o brilho,

Não foi o sol nem a lua que se apagaram e fizeram esse escuro,
Não foram os passos que correram cansados e dolentes esse trilho
Que agora feito de pedras e de sombras se tornou mais duro...

Não foram as palavras, antes flores, que murcharam

Nem as suas emoções que me perfumaram
Que alagaram esse canteiro cuidado
E o fizeram abandonado...

Não foi a noite que chegou sem aviso,

Mostrando somente sombras e penumbras
E do dia tirou e levou o sorriso....

Foi o silêncio cortante que cantaste

E fizeste soar calando o mar,
Secando a areia onde te deitaste,
Em que não soubeste sonhar

Nessa permanente insensatez


Poema de Delfim Peixoto in Serenata às estrelas

9 comentários:

  1. Um poema, muito belo. Obrigada, MM, pela partilha.
    Um beijo.

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  2. perdi o rasto do Delfim, pois ele mudou o nome dos blogues.

    este poema é muito belo,e encerra uma nostalgia muito grande.

    parabéns pelas tuas escolhas, sempre muito boas.

    um beijo

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  3. Um pouco triste....porém....LindOO!!!Boa noite, poeta...Bons sonhos!!!!Smpr..pr smpr

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  4. Um pouco triste....porém....LindOO!!!Boa noite, poeta...Bons sonhos!!!!Smpr..pr smpr

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  5. lindo!!! lindo!!! quem assim escreve tem uma bela alma!!!


    um beijo
    inês

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  6. Bela composição e organização de palavras.
    Parabéns por causar emoções tão dignas.

    Se me permite, colocarei um link em meu blog também de textos: http://sujeitoeliptico.blogspot.com

    É preciso divulgar o que é belo!!

    Mais uma vez parabéns!

    Rodrigo Eimantas

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  7. Por favor: eu adorei o seu poema, e quero escrever um pouco sobre si para um trabalho. Poderia contar-me um pouco da sua vida e obra?

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