segunda-feira, dezembro 14, 2015

Domingos da Mota

Poema de Natal
com que a vida resiste, e anda, e dura.
Pedro Tamen
        Não digo do Natal - mas da natura
de quem faz do poder um pesadelo
que aprofunda as sementes da amargura
através do garrote e do escalpelo;

não digo do Natal - mas da tortura
que macera as feridas com desvelo,
impassível à dor que já satura
os ombros causticados pelo gelo.

Dissesse do Natal - seria bom
que pudesse cantar, subir o tom
das loas e dos hinos e dos ritos,

se em vez duma esmola, tão-somente
renascesse o respeito pela gente
que povoa o Natal dos aflitos.


Kasia Derwinska

5 comentários:

  1. Um poema de Domingos da Mota que apreciei imenso. Um poema tão ao jeito dos tempos que passamos. Parabéns ao Poeta.
    Um beijo MM.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. MM, grato pela divulgação.

    Graça Pires, agradeço a leitura e a apreciação do poema.

    Boas Festas!

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  4. Voltarei na primavera, levo-te comigo.
    Aguardo notícias das boas.
    Votos de um excelente Ano Novo para ti.
    Bj com carinho

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  5. Me paso tu blog. Anna de poemias.
    Me gusta mucho el tuyo.
    http://anna-historias.blogspot.com.es/2016/09/muerte.html?m=1.

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