sábado, outubro 01, 2005

Soneto imperfeito da caminhada perfeita


Imagem de Valverde Arte Visual


Já não há mordaças, nem ameaças, nem algemas,
que possam perturbar a nossa caminhada,
em que os poetas são os próprios versos dos poemas
e onde cada poema é uma bandeira desfraldada.

Ninguém fala em parar ou regressar.
Ninguém teme as mordaças ou algemas.
- O braço que bater há-de cansar
e os poetas são os próprios versos dos poemas.

Versos brandos... Ninguém mos peça agora.
Eu já não me pertenço: Sou da hora.
E não há mordaças, nem ameaças, nem algemas

que possam perturbar a nossa caminhada,
onde cada poema é uma bandeira desfraldada
e os poetas são os próprios versos dos poemas.


(Sidónio Muralha
Poeta: 1920 - 1982 in "A Argamassa dos Poemas")

5 comentários:

  1. Retribuindo visitas, é sempre um objectivo atingido o ser-se lido. Se, a isso, se junta a divulgação, com o que tal possa ter de reconhecimento, além do prazer, é uma honra.

    Disponha, pois, do poema que escolheu. Peço-lhe, tão somente, o favor de me fazer chegar informação quanto à divulgação.

    Quanto ao mais... é pela poesia que nós vamos.

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  2. A fantastic blog. Keep it up.

    Adam

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  3. Nunca tinha lido. Uma maravilha. Um soneto perfeito...porque se sente o ritmo nas palavras que nos balanceia os sentidos! Obrigada pela oportunidade de ler tanta coisa maravilhosa. Beijos

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  4. Fiquei surpresa ao encontrar meu quadro ilustrando um poema, gostei!
    Ele se chama soneto da separação e é baseado num poema de Vinicius de Morais.
    Rose Valverde - Brasil

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  5. A liberdade de expor o que sentimos nos gradua a cada decada em meio a Arte com a comunicaçao escrita e visual etc..
    isso sera a renovaçao da evoluçao Humana dos dias atuais

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