Vêde as horas, minha mãe
Tarde se faz, tenho d'ir
Tanto caminho a percorrer
Tantas letras para ler
Tenho mesmo que partir
Pressa? P'ra quê? O mar não sai do lugar
Brisa amena sopra, o sol continua a brilhar
Inclemente, nos dedos desliza a vida
Alteram-se marés e correntes
Rodopia o astro rei nos horizontes
Lâminas de fogo lançando
Lembrando
A mudança já sentida
As cores do arco-íris? A ternura dum sorriso?
Os sonhos do poeta? O voo no tempo contigo?
Minha mãe, assim eu corro...
As pontas d'ilusões, sonhos, agarro
Com toda a força restante
Num silêncio inquietante...
O cru voo do tempo seguro
Num meigo sorriso brilhante
Do poeta adormecido
Poema "Dialogando" da Amita
in, Branco e Preto II
Olá, minha querida amiga. Tirei um minuto do meu estado febril para te dizer obrigado, obrigado pela tua amizade, pela mulher linda e sensível que és. Um bjinho grande e bem hajas
ResponderEliminarque bom é visitar-te
ResponderEliminarxi
maria
Quem consegue viver sem pressa hoje em dia? Poucos os felizardos!
ResponderEliminarNão conhecia este blog e acho uma iniciativa bastante interessante. Parabéns. O último poema tem tudo! a cor da vida, no preto e branco de uma folha de papel, leito do poeta.
ResponderEliminarFiquem bem.
Mais um bom poema acompanhado de uma linda imagem.
ResponderEliminarQuerida PP
ResponderEliminarMinha mãe, como eu corro...
Um beijo
Daniel
Mais um belo poema na tua selecção. Gosto muito deste cantinho aqui! :)
ResponderEliminarBeijos
É da amita e pronto! :)) Lindo. Este sítio está a ficar um agradável ponto de encontro.
ResponderEliminarBeijinhos.
belo este poema, bela a ideia de nos presenteares com poemas de excelente qualidade
ResponderEliminare que bem:
"...Pressa? P'ra quê? O mar não sai do lugar
Brisa amena sopra, o sol continua a brilhar..."
aqui deixei de ter pressa, pois saboreio cada poema que aqui venho ler
beijinhos
lena
é sempre com prazer que aqui venho
ResponderEliminargostei
jocas maradas
Faz sempre bem passar por aqui e ler-te...
ResponderEliminarbeijo
Eu canto porque o instante existe
ResponderEliminare a minha vida esta completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
C.M.
Mui bela a forma como o tempo é retratado. Os versos fluem de forma serena. Gostei muito!!
ResponderEliminarEspectáculo de post :-)
ResponderEliminarAh, e vou 'gamar' a foto que é linda!
Mais um Beijinho
Amei este "dialogo", bem lindo de se sentir, mesmo quando andamos á pressa;) Voltarei. Bom f semana e deixo grd beijinho*
ResponderEliminarPressa para quê?...
ResponderEliminarÉ muito agradável ler um poema e senti-lo!
sem pressa vim desejar-te um bom fim de semana
ResponderEliminarbeijinhos
lena
bem, desde que vim para lisboa reparo numa mudança bruca. em évora é tudo mais calmo, são os ares alentejanos, sabemos que o dia nao foge, temos tempo para o que queremos. aqui tudo é um rebuliço, as pessoas correm, reclamam, o dia foge mesmo... foi o que lembrei ao ler o poema:)
ResponderEliminarbeijito