Aquele que na hora da vitória
Respeitou o vencido
Aquele que deu tudo e não pediu a paga
Aquele que na hora da ganância
Perdeu o apetite
Aquele que amou os outros e por isso
Não colaborou com a sua ignorância ou vício
Aquele que foi «Fiel à palavra dada à ideia tida»
Como antes dele mas também por ele
Pessoa disse
(Poema de Sophia de Mello Breyner Andresen
Dedicado a Salgueiro Maia)
Que bonita homenagem, além de poetica é tambem realista!
ResponderEliminarSalgueiro Maia é dos poucos herois de verdade.
Obrigado pela visita ao meu blog, deu-me oportunidade de conhecer este, ao qual voltarei a passar com certeza.
Um abraço,
Poema lindo.
ResponderEliminarEu não conhecia.
Um dia feliz para todo o mundo.
Bjs.
Manuel
Olá,
ResponderEliminarBelo poema, não o conhecia. Belo fado. Obrigada.
Já estou quase bom, falta só um bocadinho... rsss
Um abraço Ricky
Bela homenagem! :)
ResponderEliminarAdorei o poema e achei muito boa ideia o ter publicado. É bom encontrar pelos blogs, pessoas que ainda manteem o espírito limpo e livre dos ideiais, desse Abril, que nunca estará longinquo para quem porfiar em manter-se livre de pensamento e existir.
ResponderEliminarUm abraço
Teresa David
http://teresadavid.blogspot.com
É para ti, meu filho,que hoje canto !
ResponderEliminarCanto por já não teres de forrar livros a papel pardo.
Canto por não teres de esconder os teus poemas.
Canto por não teres sido obrigado a matar.
Canto por não teres sido preso.
Canto por não teres sido torturado.
Canto por não teres sido obrigado a fugir.
Canto por não teres sido morto.
São para ti, meu filho,
os cravos do poeta,
os cravos de Abril !
Porque estás aqui,
vivo e feliz :
LIVRE na tua escrita!
Escrevo em memória da dor e das lágrimas de todas as mães, que, ao contrário de mim, não tiveram a felicidade de dar á luz depois do 25 de Abril.
E já lá vão 32 anos!
ResponderEliminarQualquer dia até a revolução será velha!
Mas imortal!
Beijinhos
25 de abril SEMPRE!!!
ResponderEliminarBeijinho GRANDE ;-)
...é sempre um deleite ler Sophia...
ResponderEliminarGostaria da tua visita hoje ao meu sítio...tá???
beijinhos
Todo um conjunto de processos, de intenções, de boas vontades, permitiram o estar aqui hoje, eu e todos quantos dão livre curso ao seu pensamento.
ResponderEliminarSalgueiro Maia merece maior atenção, porque para lá do guerreiro indomável, encerrava em si, aquele espírito altruísta, próprio dos Homens com H grande.
Somos um país de poetas, creio que de bons poetas.Em nós a lança aponta para a cabeça para acertar no coração. Beijos.
ResponderEliminaruma bela homenagem para alguém k a merece
ResponderEliminar"Esta é a madrugada que eu esperava
ResponderEliminarO dia inicial inteiro e limpo"
Sophia. 25 de Abril. Liberdade. Obrigado.
Parabéns pela beleza das palavras justas que inundam este teu espaço de ABRIL.
ResponderEliminarQue os sonhos de Liberdade nunca morram, e a procura vá sempre mais além...
Beijinho
- Aquele que na hora da ganância
ResponderEliminarPerdeu o apetite -
muitos mais deveriam perder. bonita homenagem
Beijão
Não conhecia este poema e como conheci o Salgueiro Maia, enquanto director do museu da Escola Prática de Cavalaria em Santarém, tudo que a Sofia de Mello Breyner escreve aplica-se a ele. A honestidade, a rectidão, a humanidade e a verticalidade facilmente seriam apelidos de Salgueiro Maia.
ResponderEliminarEscrevi há muito tempo, noutro espaço, conversas que tiveramos.
Finalmente a estátua que nunca terá a verdadeira dimensão do homem que vi inteiro e que o cancro corroeu e apagou a pouco e pouco.
Cara
ResponderEliminarSegui os links sobre o Fernando Salgueiro Maia e não consegui deixar nenhuma mensagem aos autores. Recordo as noites de Inverno de 86 e 87, nas conversas sobre o Alentejo e sobre um gosto comum, os carros de combate, os blindados da nova cavalaria. Depois sonhava-se com um mundo novo e lá vinham as histórias “sem posto”, isto é, não oficiais, nem sargentos ou praças, como ele referia.
Aprendi com aquele que poderia ter sido tudo, o sentido de se ser verdadeiramente militar, cumprir a missão e mais nada querer, tal como a SMBA ilustra…tão bem!
Levei para outros teatros de guerra a postura ensinada, antes de tudo humano, mesmo antes de ser homem. É para mim um privilégio ter privado e aprendido com aquele homem, que homem.
Num jantar há muitos anos, no Toucinho em Almeirim, alguém num discurso de fim de jantar lhe disse mais ou menos isto:
- O meu major (ainda não era Tenente-coronel) é querido pelos seus subordinados porque antes de tudo é humano, homem, amigo, líder e lá no fim de tudo é que é militar! – Há ainda quem diga que foi a única vez que se lhe viram lágrimas nos olhos.
Acompanhei-o à sua última morada sabendo que o tipo de CAPITÃO como ele, morreram com ele.
Até um dia meu Tenente-coronel.
Justíssima homenagem a quem mais lutou nesse dia D.
ResponderEliminarNinguém como Sofia para dizer tanto em poucos versos.
Um beijo
Maria Mamede