O tempo pára feito luz desmesurada
sobrevindo no pinheiro
em vénia longa curvado à terra.
Foram ventos que o dobraram ou propósito
no coração da semente, germinando sonhos
de amor e cavalgadas?
Riem connosco os pardais. Olha-os de cima:
burel de penas, mendicantes, o vivo olhar -
que faz esta alegria
entre as sombras que há na terra?
Já se erguem do rio névoas,
mas sobre nós a luz
e persiste a boca manifesta.
O crescente não fulge ainda,
excepto no teu olhar que a lua circunda.
No mais tudo é solar, e o pinheiro
oferece o tronco a cabeleira em reverência
como se as coisas e as circunstâncias
se dispusessem porque um dia
viríamos juntos os dois.
(Poema de Soledade Santos aqui)
Imagem de autor desconhecido
Bonito poema...e é tempo dos "jogos no parque" agora que o tempo está cheio de luz do sol...
ResponderEliminarJinhos, saudade...
Lindissimo..
ResponderEliminarPoemas para mim com alguma complexidade, uma vez que sinto dificuldade em perceber (adivinhar), o que o autor(a) nos quer transmitir.
ResponderEliminarBeijinhos.
Manuel
Sempre escolhas muito bonitas.
ResponderEliminarbeijos e bom domingo
Olá!
ResponderEliminarEsta noite faço-te um convite:
No dia 16 de Junho, Sexta-feira, às 21 horas,
vou lançar o livro NADA EM 53 VEZES
na Fnac do Cascais Shopping.
Gostaria muito que estivesses
presente nesse lançamento.
Passa um excelente fim de
semana!
Bonito poema que selecionaste. Um beijo
ResponderEliminarO poema, a musica e a imagem…ah! A imagem! Num céu cinzento adivinhando o dar de beber à terra, entre malmequeres e três lindos lírios roxos em primeiro plano, facilmente seria uma paisagem do meu Alentejo.
ResponderEliminarO campo assim, a cor trigueira da pele dela, o contraste com o doirado espigado dos seus cabelos, com a chuva adivinhando a busca de abrigo, usei este espaço para recordar quem amei numa tarde de Maio (tal como o quadro), num barracão abandonado, com a chuva em musica de fundo….Será infidelidade recordar o sublimar de momentos assim?
Vou…enquanto uma lágrima marota aflora, como que a pedir perdão por sentir e recordar…
Agradeço a gentileza da autora do blogue e a de todos os que leram o poema.
ResponderEliminarSoledade
Bonita escolha...
ResponderEliminarEscontro aqui poesia sempre bonita. Obrigado pela partilha!
ResponderEliminarGostei muito do poema, e ainda mais do blog da Soledad, com imensa poesia inédita!
ResponderEliminarGrata pela partilha...
Áurea Ponte
Olá
ResponderEliminargostei muito do poema que não conhecia. mais uma boa escolha tua.. bjhs
Concordo ali em cima com o Manel, só discordo de uma coisa: O Alentejo também é meu e dos meus antepassados...um vez que nasci em Alter do Chão e ainda lá tenho família e "haveres" onde vou tantas vezes!!!Para não falar de Beja, essa cidade, ondei dei à luz a primeira vez!!! Os anos e a actividade profissional, afastaram-me de lá, para outras paragens, mas estarão sempre no meu coração.
ResponderEliminarMais um belo momento que nos dás, desta forma encantadora como tu és, aliás minha querida Poesia!!
E mais um blogue a visitar.
Bjossssss :-)