A arte de Isabel Filipe
não sei de que silêncios
me falam as manhãs
descobertas na lura
de todos os exílios.
não sei quais os segredos
se escondem e cativos
nos rios, e das árvores
submersas na memória
não sei nomes nem frutos;
são as sombras e os limbos
que vão rasgando a pele
na mancha das desoras.
não sei de que torrentes
quero agarrar a água
que se planta nas margens
à beira de uma sede.
não sei de que relâmpagos
se retira a centelha
a cor, a luz, o fogo
com que se queima a dor.
não sei de tudo isto
nem de como sentir
mesmo que seja frágil,
o sabor de uma amora.
(Poema de José Félix)
quarta-feira, agosto 16, 2006
O sabor da amora...
9 comentários:
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Cumprimentos,
venho agradecer a visita, o simpático comentário e deixar os meus parabens pelo poema e Blog que está lindo
ResponderEliminarBjt
"Vi-te" no «GARATUJANDO» e vim até este teu blog desfrutar a boa poesia portuguesa ao sabor de bela música. Tudo de bom
ResponderEliminareu adorei o blog...já conhecia o autor mas este poema é muito bonito mesmo!
ResponderEliminarparabéns plo blog
... e as férias terminaram!
ResponderEliminartão bonito este poema de José Félix. Já encontrei, aqui e ali, na web, outros versos deste autor de que também tenho gostado. Por mais este, grata, amiga.
beijinho meu
O doce sabor de uma amora...
ResponderEliminarGostei!
Beijos
Sabor adocicado mas bom, o teu poema está maravilhoso. Beijinhos amiga
ResponderEliminarMais um poema e imagem gostosos, com cheirinho a amoras do campo. Lindo;
ResponderEliminarBeijo pra vc
"não sei de que relâmpagos
ResponderEliminarse retira a centelha
a cor, a luz, o fogo
com que se queima a dor."
Lindo... a poesia é para ser sentida tal como aqui transformou-se em sensação...
Cumprimentos,
Marco Martins
tarde mas agradecido pelos comentários aqui colocados. a poesia é a emoção da infância.
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