Através do Padre Mário de Oliveira tive conhecimento desta obra de solidariedade e de divulgação de cultura, onde está inserido o Poetas Somos que têm um projecto de editar um Livro de Poesias, sem custos para os Poetas e cuja receita reverterá a favor da Obra que defendem.
Vamos conjugar esforços e ajudar com dois ou três poemas de cada um de vós, esta Obra e no final quem sabe, nos possamos reunir todos numa daquelas salas e, recitar Poesia…
Imagem autor desconhecido
Há uma casa no olhar
de um amigo.
Nela entramos sacudindo a chuva.
Deixamos no cabide o casaco
fumegando ainda dos incêndios do dia.
Nas fontes e nos jardins
das palavras que trazemos
o amigo ergue o cálice
e o verão
das sementes.
Então abre as janelas das mãos para que cantem
a claridade, a água
e as pontes da sua voz
onde dançam os mais árduos esplendores.
Um amigo somos nós, atravessando o olhar
e os véus de linho sobre o rosto da vida
nas tardes de relâmpagos e nos exílios,
onde a ira nómada da cidade arde
como um cego em busca de luz.
(Poema "Um Amigo" de Eduardo Bettencourt Pinto)
Parabéns, pelo blogue. Está excelente.
ResponderEliminarComo colaborador deste projecto Poetas-Somos, agradeço as palavras e a divulgação aqui presentes. Quero também dar-lhe os parabéns, pelos seus trabalhos expostos neste blogue, bem como, pelo blogue em si.
ResponderEliminarEm primeiro lugar retribuo toda a cordialidade e amabilidade demonstrada gentilmente quando visita o meu blogue.
ResponderEliminarConcordo plenamente com a sugestão.
Ideias tão belas dão maior animosidade a todos os poetas que aspiram a ser reconhecidos.
O poema está totalmente adequado para testar a capacidade de criar e produzir poesia.
Felicito a amiga pela frescura, riqueza e beleza da escrita e do seu enriquecimento interior.
Escrever é ter aptidão
emitir o vivido, o pensado e o reflectido
transmitir, comunicar, partilhar por vezes o desconhecido
enquanto rico presente de gratidão.
O poeta vai nascendo e crescendo
em idade, maturidade e criatividade
revelando originalidade e habilidade
para que a sua força conquiste terreno.
Cara amiga continua o teu desempenho, toda a dedicação a este blogue para mim é uma permanente surpresa.
Força ... um abraço.
Continuas a espantar-me; para além do teu bom gosto e sensibilidade, esta solidariedade para com os outros é de louvar.
ResponderEliminarMais uma prova de que o bom gosto e a sensibilidade humana podem andar de mãos dadas!
Cpmtos do J. N.
"onde a ira nómada da cidade arde
ResponderEliminarcomo um cego em busca de luz."
Lindo...
parabens pelo seu blog
p.s: ia perguntar se n levava mt a mal se eu usasse o mesmo embed que está a passar no seu blog. gostei muito da musica e vou meter a passar no meu tambem. caso nao autorize passe pelo meu blog e poste um comment a dizer tal.
ResponderEliminarOra Viva! Fico grato pelas páginas de sabedoria, serei no futuro leitor atento. Aproveito para convidá-la a visitar o blogue de poemas que mantenho em:
ResponderEliminargavetadospapeis.blogspot.com
Felicidades!
O amigo cerra-se. Longe de si, nem portas abertas.
ResponderEliminarO silêncio espera-o, atrás do tempo que atrasa.
Apenas a surdez do desespero em não saber.
O casulo é tecido com rendilhados de malvadez.
Mãos esguichando um sangue pulsante, quase podre...
A clareza envolve a escuridão deste amigo...
Tudo o que eu soltaria para falar deste amigo, está dito!...
Este poema «Um Amigo» é muito claro e simples de entender; tal como a intuição; tal como o palmilhar diário; tal como o olhar! Não conhecia esta iniciativa do Sr. Padre, fiquei curioso e vou conhecer o site! Abraços
ResponderEliminar[...]Um amigo somos nós, atravessando o olhar
ResponderEliminare os véus de linho sobre o rosto da vida
nas tardes de relâmpagos e nos exílios,[...]
[[Solidariedade e Poesia...]] que título adequado; és uma benção!
Abração solidário
exílios. amigos de água.
ResponderEliminarExcelente!
Abraço!
______________________
Realmente, é preciso muita lata para evocar os direitos de autor de um poema que não foi V. que escreveu, e não a o deixar copiar, sobretudo para quem se limitou a indicar o nome do poema e o seu autor, sem a indicação do livro em que está escrito, e a sua editora. Inclusive chega ao ponto de colocar uma fotografia copiada (olha àquilo que eu faço não àquilo que eu digo)de um autor desconhecido.
ResponderEliminarEnfim, não tenha receio que não lhe plagio a dactilografia. Não sou preguiçosa.
Deixo-lhe aqui um poema do Eduardo Bettecourt Pinto, que não se importa nada que lhe divulguem a poesia.
Ao chão uma farpa
de oiro chegava
um fresquíssimo
e gotejante cheiro
a perseguida luz.
2
Inebriante a fosforecência
dos frutos, a curtida
lã da brisa
deslumbrada de lumes quase
ardia a infância
de março.
3
Frutos da água afagava
olhando o verão
de relance. As vestes húmidas,
brancas de sol e vento,
rumorejando como ardentes rosas
de areia.
Chegava, passo lento, afastando
a cortina do tempo.
4
Esfregando no peito sombras
de oliveira, das mãos
caiu-lhe o apelante ruído
do mar.
- Eduardo bettencourt Pinto - in A Casa das Rugas, ed.Editora Campo das Letras.
Como vê é muito fácil manter os direitos de autor.
Brilhante escolha!
ResponderEliminarEu acho que o trabalho esta muito bem oranisado e feito.
ResponderEliminare obrigado tambem pela ajuda que me deu para um trabalho que estava a fazer!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!