Imagem de Kababelan
Como é rara e leve a flor que breve
Anima a janela ao teu olhar
Como tocam anjos naifs na viela
Sinfonias secretas e odes belas
Na calçada onde a lua se demora
Na esperança de colher o verbo amar
Como gosto de tocar as tuas mãos
Se as estendes assim para o luar
São murmúrios da noite dos amantes
Na labareda do silêncio astral
à varanda dos sentidos tu semeias
e eu colho a mais rara dor de amar
As urbanas altitudes onde estás
Telhados furtados à nesga azul do céu
Casas gigantes de moinhos sem pás
Lembram o amor encarcerado
Na gentil magia do luar de breu
Rasgas noites violetas de quimera
Rasam sorrisos feitos de marés
E a cidade acende-se em mil luzes
Mil fontes cintilantes a brotar
Nós dois na nudez azul do sonho
Mergulhamos como cisnes
Submergimos corpos belos
Num enlace que é longo por eterno
E como é rara e leve a flor que breve
Enfeita o meu corpo se te espero
Na serrania onde o verde nos embebe
Da pacífica dor de saber esperar
Entre casas casarios de aba branca
Na vertente que nunca encontra o mar
Mora rara e breve a sede de existir
Sem mais querer que o de te achar
Sem mais mester que o de (te) ouvir
(Poema de Aziluth in Serena Lua)
É tão bom cantar o amor e sentir casa nota, cada acorde, cada vibração...
ResponderEliminarCont de boa semana!*.*
Confesso que os meus olhos ficaram presos ao som dos anjos naifs na viela...
ResponderEliminarImagem fresca e cheia de musicalidade que fica bem neste blog de multiplos aromas!
Afectuosamente
Gostei. Beijos.
ResponderEliminarAdorei este poema...
ResponderEliminarE não querendo plagiar nada ;) irei colocá-lo no meu blog...
Algo de magnífico e que se identifica muito comigo!
Lindo Aziluthh!!! Paragens!
Hummm, ok, cá estou eu a pedir-te para me enviares o teu poema aziluthh... pode ser? Não consegui aceder ao teu blog, não sei porquê!
ResponderEliminarbeijinho e obrigado!
Chego pela primeira vez. E como em todas as primeiras vezes o olhar ainda se perde de tanto haver e de tanto procurar. Vou voltar - e não só 'de hoje em diante', mas fazendo caminho para trás. Para já felicito a "poesia portuguesa" pelo blog e pela muita generosidade de o manter e acarinhar.
ResponderEliminarUm abraço a si, aos que aqui faz escreverem, e a todos os que aqui passem, e também aos que não.
Quanto pode o Amor!...
ResponderEliminarQuanta força e gratidão! Quanta brandura, quanta loucura de ser?...
Vai visitar-me e deixa um comentário!
Mais um excelente poema que nos trazes Poesia!É realmente uma forma mui digna de partilhar este teu blogue!! - Como tocam anjos naifs na viela - como me deliciou esta frase!!
ResponderEliminarContinua... SEMPRE!!!!
Beijinhosss da Ana
-da pacífica dor de saber esperar- esse verso e fabuloso e muito triste,adorei o poema
ResponderEliminarNão sei porquê mas só agora descobri este blog... Este excelente blog.
ResponderEliminarContinua a divulgar boa poesia, eu continuarei a vir aqui conhecer novos poemas. E a dizer algumas palavras sobre eles e para eles, que bem o merecem.
Emanuel Madalena
Um dos bonitos poemas da Ana!! Não conheço nenhum outro blogue com o altruísmo que emana daqui. Parabéns
ResponderEliminarAP
Aziluthh:
ResponderEliminarUm adjectivo apenas: soberbo!