Pintura de Susan Rios
Na folha lisa e escorreita,
O lápis afiado e porfiador
Elabora percursos mansos
Em sinuosas ruas que se espraiam.
Escrever é desagrilhoar
O pó da memória em vão acumulado
E gritar,
E dizer alto,
Que revolta nos acomoda o peito,
Que afago nos acaricia a alma.
Escrever é arrojar o Futuro.
Ao alcance de um artigo,
De um pronome,
De um verbo.
Verbo é “criar”,
O início de tudo,
A sedição,
A ociosidade das palavras.
Tresfolgo a escrita
De um trago.
Acre, por vezes,
Libertador, sempre.
O ar está abarrotado de palavras.
As mais infalíveis estão, contudo,
Em bolsos de pequenas crianças,
De mãos rosadas e roliças,
Que as retiram em movimentos loquazes
E as levam à boca como rebuçados
Inspiradores da candura da infância.
Tu, Criança,
És quem melhor descreve o mundo,
Porque és a vagem verde viçosa
De uma aurora que não distingue nuvens.
(Poema de Filipe Lamas in Tretas & Letras)
Gostei.
ResponderEliminarBj
Bonito, muito bonito! E a conjugação de poema e imagem está colossal!
ResponderEliminarUm bom trabalho!
ResponderEliminarMas acho que tambem pode ser lido de baixo para cima.
Eu li das duas maneiras e gostei.
Parabens ao autor.
Obrigada à PP pelas boas escolhas que aqui faz.
(eu gostava muito de lhe dar um beijinho agora. porque é muito especial. não sei como agradecer. fico muito feliz. assim que a vir, dou-lhe um abraço. do coração.)
ResponderEliminarGOSTEI BASTANTE DESTE POEMA E APROVEITO PARA DEIXAR O MEU BLOG!!
ResponderEliminarpaulomalekithrema@blogspot.com
Muito obrigado pela honra que me concede ao colocar neste blog que muito admiro um dos meus poemas!
ResponderEliminarOlá!
ResponderEliminarSe gostas de cinema vem visitar-nos em
www.paixoesedesejos.blogspot.com
todos os dias falamos de um filme diferente
Paula e Rui Lima
Ingenuamente (no bom sentido) perfeito!
ResponderEliminarOutra boa escolha...
ResponderEliminarA sensibilidade evapora pela tua pele...
Parabens ao poeta...e á Poesia Portuguesa..por nos transformar...momentos de grande encanto!
Beijos da
Maria
Escrever é arrojar o Futuro.
ResponderEliminarAo alcance de um artigo,
De um pronome,
De um verbo.
Verbo é “criar”,
O início de tudo,
A sedição,
A ociosidade das palavras.
Tresfolgo a escrita
De um trago.
Acre, por vezes,
Libertador, sempre.
Muito bonito parabelizo o autor e kem publica
Vanessa
Escrever,
ResponderEliminara procura da palavra,
o começo do sonho,
da ponta dos dedos
estalam aromas
que se pespegam
no claro luar.
Há sorrisos,
há choros,
mas,
é verdade,
que nos bolsos das crianças,
estão as palavras,
que ainda ficam por dizer.
Um beijo
muito bom...
ResponderEliminarpreciso de uma cópia deste com urgÊncia...vou utilizar amanha À tarde..
desde já espero..
agradeço a compreensão