Pintura de Louis Icart
Não te amo, quero-te: o amar vem d'alma.
E eu n'alma --- tenho a calma,
A calma --- do jazigo.
Ai! não te amo, não.
Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida --- nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!
Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.
Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?
E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.
E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.
Almeida Garrett in Folhas Caídas(1853)
Lindo Menina marota! Muito boa escolha a tua, como sempre!
ResponderEliminarUm beijo,
Ema
Ola Boa Noite!!!
ResponderEliminartudo bem com vc?
Achei seu blog em pesquisa,e fiquei encantada com as imagens e texto em especial este.." Não te amo"....Você pode mandar uma copia para mim?
posso coloca-lo em meu blog?
È muito lindo,aguardo resposta,beijos e fica com DEUS.
silvasueli@sercomtel.com.br
É raro vir aqui e não encontrar coisas, Poesia e Prosa que já tinha quase esquecido. Reler isto é bom, muito bom mesmo... é renascer, avivar novamente memórias boas! mais uma boa escolha Poesia Portuguesa... fica bem!
ResponderEliminarAh... os clássicos...como gostei de encontrar aqui Garrett; uma boa escolha sim senhora!!!
ResponderEliminarBj.te
aaron
querida poesia. folgo em ler tão belos versos como aperitivo a boas leituras durante o fim de semana. um grande beijinho, minha amiga *
ResponderEliminarAdoro Almeida Garrett! Adorei reler. Beijos e bom fim de semana.
ResponderEliminarJá conhecia este poema e sempre mexeu comigo de uma forma que nem sei explicar. Há muito que não o lia. Gostei de reler.
ResponderEliminarAmei a música que por aqui se sente.
Beijinhos
Sempre o amor o eixo que faz girar o coração...
ResponderEliminarBelissimo o poema de Garrett, obrigado pela partilha.
Abraço daqui junto ao mar hoje azul.
As sempres belas palavras
ResponderEliminarDitas da forma como se sabe dizer
Es tudo, não, és algo a mais...
Uma bela escolha! Há muito k não lia Almeida Garrett. Este poema é belíssimo!!
ResponderEliminarBeijão do AC
Um optimo exemplar deste magnifico poeta...
ResponderEliminarBjinhos!!
Garrett, Folhas Caídas e... o Amor!
ResponderEliminar"...não te amo, ó bela." - o espanto, o medo e o terror...
descobri agora que quero e não amo.
ResponderEliminarbeijos
della
'Não te amo não'
ResponderEliminar:::::::::::::
Certamente o poeta amava. Mas o amor sempre foi ponto de discórdia perante o pré-estabelecido. Tentava se juntar fortunas, e ninguém podia seguir os seus impulsos amorosos. Os que o fizessem, eram os rebeldes.
Fica bem.
Um beijinho para ti.
Manuel
A recusa do amor é apenas uma forma mais sublime de o dizer.
ResponderEliminardesejo e amor! por vezes dissonantes, mas sempre presentes...
ResponderEliminarII ENCONTRO DE BLOGS EM ALVITO
ResponderEliminarAOS 21 DE ABRIL DE 2007
ESTAMOS ELABORANDO O PROGRAMA:
-COMUNICAÇÕES S/ BLOGS
-MOMENTOS DE POESIA
-CANTARES ALENTEJANOS
-VISITA AO PATRIMÓNIO CONCELHIO
MARQUE JÁ NA SUA AGENDA!
MAIS NOTÍCIAS MUITO EM BREVE.
Só conhecia de A.Garret a literatura, mas vou em busca da poesia dele. muito bela. amei.
ResponderEliminar:-)))
passei só para dizer olá, ando numa fase que não dá tempo para nada.. Bjhs e boa semana
ResponderEliminardoce Poesia
ResponderEliminarencontrei aqui mais um excelente clássico
Almeida Garrett-Folhas Caídas
tenho o livro delicio-me muitas vezes a reler
e lembrei-me:
....
Eu sonhava . mas vivia:
Prazer não sabia o que era,
Mas dor, não na conhecia ...
........................
Almeida Garrett-Folhas Caídas
um abraço muito grande cheio de carinho
beijinhos para ti
lena
Não conhecia esta diferença entre "desejo" e "amor", que não é uma diferença, mas uma simbiose.
ResponderEliminarAliás a minha cultura poetica é muitíssimo limitada.
Atrevi-me a propor um nome! Acedeu! E escolheu muito bem! Obrigada e um beijo
ResponderEliminarvc resumiu o que eu sinto em um poema vc só comfirmou que a vida imita a arte ,abrigado.
ResponderEliminarA pintura é fabulosa e o poema é de uma contradição desconcertante.
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