domingo, maio 13, 2007

ao cabo do tempo



A barca já não tem porto
e os dias não consolam as noites
do pescador.
O tempo esqueceu-lhe as arribas,
as praias, os ventos
e também roubou o bailado às marés.
Dos rumos nunca achou sentido:
era preciso ir além de mais além descobrir.
Por isso cuidou que navegar
queria dizer para sempre.
...
Fez das velas o tecido dos sonhos,
mas porque viajou demais,
tornou-se estrangeiro de si mesmo.

(Poema e fotografia de Tinta Permanente- Folhas da Gaveta)

11 comentários:

  1. o tempo que nos é roubado em viagem sem retorno! uma foto quase irreal. muito bela!
    é sempre tão agradável aqui estar, a musica é excelente. gostei muito!!!
    bjosssssss

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  2. Uma foto que me leva a escrever:

    Não me Morras.

    Não me morras
    sem que te ame
    da forma a que tens direito.

    Não me morras
    sem respirares os meus sussuros
    sem partilhares comigo
    o teu leito

    Não me morras
    Não te vás
    sem que os meus lábios
    te digam do meu ser
    E os meus dedos te falem do teu sentir.

    Não partas
    Sem viver através de mim
    O que nunca te disseram
    E nunca soubeste ouvir.

    Há no Sol
    Na névoa
    Na luz da manhã
    Um pôr do Sol
    Que é uma promessa de amanhã

    Não me morras Amor
    que não mereço.

    Cleopatra

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  3. Mais uma belíssima escolha!
    O poema é lindo e tocante!

    "Fez das velas o tecido dos sonhos"

    Beijinhos

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  4. e nunca navegar à bolina...

    gostei muito do balacear deste barco...

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  5. Como vim aqui parar?
    Não sei doeu-me de tanto gostar tornar a ouvir
    Esse mar que dentro de mim me desafia e nunca encontro e vou morrendo
    sem barca sem mar e sem ti

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  6. Os meus agradecimentos, amiga, por esta referência pessoal. Agradecimentos que, me seja permitido, estendo a todos os que aqui ou no Folhas da Gaveta me dão o prazer da Amizade.
    Abraços!

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