Pego num Sol abstracto e queimo a pele
Quero uma dor absurda mas sentida
Que o meu corpo se derreta no papel
Onde te escrevo senhora, a minha vida
E tudo o mais que me parece tão cruel
Como as horas que tocam a despedida.
Se ao menos houvesse um cais aonde ir...
E ficasse um adeus suspenso na memória
Da dor em gavetas que não consigo abrir
Ou um cometa no rasto da nossa história
Outro absurdo que não me deixa definir
Apenas o que somos nesta cela provisória.
Não vi o monstro que abriu a minha ferida
Um monstro que se esconde lá bem atrás...
Ali, onde todos os medos lhe dão guarida
E a loucura entretém, mas também o trás
Como se fosse alma penada ou coisa parecida
Que há gente capaz de tudo, do que serei eu capaz?
E há o gozo da noite que nos lavra os sentidos
Uma porta que se abre ao desejo de espreitar
A vida dói tanto que nos faz sentir perdidos
Nesta ilusão de um céu com estrelas a brilhar
E luas que ardem por entre beijos proibidos
Ainda que um raio de luz fique preso no olhar.
Saberei quem somos quando em nós houver
Aquele olhar que arranca o monstro ao ninho
E do berço á cova temos muito que aprender
Neste livro que serve para escolher o caminho
Que das falésias eu jamais voarei só para ver...
A imensidão do mar ou o cabelo em desalinho.
Lindo, muito mesmo este poema que partilhas de F.Corte Real, Raio de Luz ...Pego num Sol abstracto e queimo a pele...
ResponderEliminarJinhos de carinho
Muito bonito. igualmente a musica e a imagem
ResponderEliminarMaria do Céu
Belo poema de raio de luz. Gostei muito. Beijos.
ResponderEliminarVim deixar um beijinho e dizer olá!:)
ResponderEliminarBelo e sensível.
ResponderEliminarBjs.
Muito sensível e pleno de magia...
ResponderEliminarMuito bom poema!!
ResponderEliminarassim como a noite se torna dia,
ResponderEliminarassim como o titanic se afundou,
assim como afrodite o olimpo conquistou,
o meu amor por ti tambem assim aumentou...
antes que a noite se torne dia;
antes do 1o raiar de sol nascer;
apenas aqui quero dizer,
que em nada fazes-me sofrer...
quem nunca sofreu de amor,
pode julgar-se feliz...
por outra razao(dor) qualquer, nao desdiz...
por: mp2f@live.co.uk
Vim ler este...
ResponderEliminarenquanto a música tocava...
Boa cruzada a sua a de divulgar os nosso poetas.
Cumprimentos