De forma a criar um ponto de encontro onde, igualmente, os poetas possam difundir as suas páginas e as suas palavras, nasceu o Club dos Poetas Vivos que está disponível a todos os que a ele queiram aderir.
Partilhe e divulgue.
Imagem de Fabio Pallozzo
A tua silhueta
De contornos suaves
Habita num frenesim
De momentos fugazes
Clepsidra inconstante
De regressos vorazes
Onde me perco e encontro
Em carícias mordazes
Paleta de tons esparsos
Que a natureza verteu
Num devir extemporâneo
Que agora cedeu
Sobressaem os contornos
Do corpo que é teu
Eternizado que está
Na candura do breu
(Poema de Helder in Letras do Imenso Desconhecido)
(desligar a música de fundo para ouvir o poema, p.f.)
Nota
Ainda não consegui entender como é que funciona isso do facebook embora já lá esteja há uns tempos. Mas pronto, um dia destes percebo. Beijinhos.
ResponderEliminarExcelente trabalho fazes neste blogue!
ResponderEliminarLindo, como sempre, o poema seleccionado.
Beijinho
Olá
ResponderEliminardepois do que li e vi aqui nem tenho palavras, fantástico trabalhos. Bjhs e boa semana
OLÁ, GOSTEI MUITO DO QUE LI... OS MEUS SINCEROS PARABÉNS!!!
ResponderEliminarBEIJINHOS,
FERNANDINHA
axei bacana demais o som do violão. kem é o cara?
ResponderEliminarMárcia
Como sempre Helder consegues fazer com que me apaixone pelas tuas letras. Continua.....tenho a certeza que ainda farás coisas grandiosas que diferenciem a nossa língua e cultura do restante mundo. Sempre em grande a tua alma lusa. Parabéns!
ResponderEliminarAntes de mais parabéns pelo trabalho de quem está à frente do blog. É verdadeiramente impressionante o trabalho desenvolvido neste espaço que procura compilar os poemas "perdidos" por essa blogosfera.
ResponderEliminarQuanto ao poema muito bem conseguido (dentro do seu estilo). Deixo o endereço do meu novo projecto
http://omphalosdementia.blogspot.com/
Espero visitas. Os melhores cumprimentos.
Passei para informar que indiquei o seu blog para receber o Prêmio “Este blog é pura luz”.
ResponderEliminarVeja essa indicaçao no blog calabro-lusofono “Utopie calabresi”: http://utopiecalabresi.blogspot.com/2009/06/utopie-calabresi-ha-ricevuto-il-premio.html
Parabéns!!!
Domenico Condito
Parabéns pelo lindo poema e pelo blog. Sou poeta também e criei um blog para divulgar meu trabalho. Se puder, dê uma passada por lá.
ResponderEliminarGrande abraço!
SUJEITO OCULTO (Victor Colonna)
O problema são as conjunções desconjuntadas
As interjeições rejeitadas
Os adjetivos desajeitados
Os substantivos sem substância
As relações de deselegância entre as palavras.
É preciso superar o superlativo:
O absoluto sintético
E o analítico.
Achar o verso
Entre o verbo epilético
E o pronome sifilítico.
Falta definir o artigo inoxidável
O numeral incontável, impagável.
Resta procurar o objeto direto
Situar o particípio passado
E o pretérito mais-que-perfeito
Desvendar a rima
Desnudar a palavra
Encontrar o predicado
E revelar o sujeito.
NÁUFRAGO (Victor Colonna)
Embarco numa rima ruminante
E parto numa estrofe estropiada
Eu paro, penso, pausa...e num rompante
Encontro um verso que não leva a nada.
Eu vejo a poesia tão distante
Me afogo na superfície da palavra
Eu sumo num soneto dissonante
Sufoco numa sílaba que trava.
Perdido numa quadra sem quadrante
Sou menos que figura, figurante
Pseudo-comandante, e vivo em dilema
Espero que a onda não me traia
E nado em desespero até a praia
Salvo o poeta mas naufrago no poema.
um achado poético!
ResponderEliminarparabéns...
Excelente!!!!Obrigada pela partilha Menina Linda!
ResponderEliminarJinho
Ana,
ResponderEliminarparabéns pela iniciativa de divulgar os poemas. Seu blog é lindo. Seguem dois poemas do meu livro "Cabeça, Tronco e Versos":
BOCA DO ESTÔMAGO
Minha língua afiada
Cortou o céu da boca:
Passei a cuspir marimbondos
Era tanto veneno
Que toda ferida era casca
Todo ruído era estrondo
Um dia, desatento
Passei ungüento na boca
E amaciei o céu
Pus-me a cuspir marimbondos
e abelhas
Sangue adoçado
Veneno e mel.
ANTI-ÍCARO
Não sei se foi vôo
Ou queda.
O abismo me encontrou
Quando pus os pés no chão.
Não desejei estrelas
Nem derreti as asas
Ao procurar o sol.
Caí sem ter subido aos céus.