Não chove nem faz sol na minha rua.
É a hora triste. Aquela hora morta
em que uma sombra nos espreita a porta
e pelas frinchas gastas se insinua.
Monótona e distante quer a lua
reflorir ao luar, na minha horta,
aquela cerejeira velha e torta
que há muitos anos amanhece nua.
Um cão sujo, faminto, vagabundo,
com ar de quem já sabe o que é o mundo,
para ali se ficou lambendo uns pratos…
Passa gente embrulhada em roupas velhas…
E sobre as casas, através das telhas,
A sinfonia bárbara dos gatos.
Fernanda de Castro in, Cidade em Flor
pág. 27/28 (1924)
Era-me desconhecido por completo este site.Uma descoberta super fantástica.Parabelizo o autor ou autora do mesmo.
ResponderEliminarCumprimentos do
Eduardo Gonçalves
Cada vez gosto mais de poesia..logo eu que não lhe ligava nenhuma!
ResponderEliminarDona Vicencia
Continua um sítio bom e agradável.
ResponderEliminarBom Ano.
Um abraço.
Bom dia e Parabens
ResponderEliminarGostei muito das belissimas escolhas que fazes.
É importante alguem "tratar" dos textos poéticos como tu tratas.
Vou passar a vir aqui com frequencia.
Beijinhos ternos
Ricardo
Bom dia, OT
ResponderEliminarHá que tempos
que aqui não deixo
qualquer pegada
da minha passagem
Sinto-me no limbo
da vida que me calhou
talvez que doravante
apareça mais, digo eu
Um beijinho pela doçura da tua presença e da poesia que nos recordas e com a qual vamos embalando a nossa vida...
António
Posso levar este poema para o meu blogue? Não o conhecia e gosto muito de ler Fernanda de Castro.
ResponderEliminarKisss da
Claudia
Escrevi este poema, se autora do blogue ler gostaria que me dissese o que acha.
ResponderEliminarLua
Viver amargurado e só,
Torna-se cada vez mais um hábito.
Quem sabe um vicio.
Serei eu que fujo,
De ti e da vida?
Eu apenas me deixo levar para um mundo,
Isolado, negro e triste,
Onde muitas luas ouviram a minha história,
E sentiram dentro delas,
A necessidade de fugir de tudo,
Pois tal transtorno perturba-as.
Talvez por isso não te queira a meu lado,
Para não entrares neste meu mundo
E conheceres um lado negro e sofrido,
Que eu tanto amo.
Um poema que não conhecia e do qual gostei.
ResponderEliminarAproximou-me às minhas origens, fez-me feliz!
Obrigado pela partilha
Como eu sinto este poema tão cheio de ternura, de sarcasmo, de vida!!!
ResponderEliminarcanto que dignufica a poesia. Obrigado em nome da poesia.
ResponderEliminarReencontrar cantinhos como este, é uma satisfação enorme para que gosta de ler e escrever poesia...
ResponderEliminarFelicidades.
Bjnhs
ZezinhoMota
Eu adoro a chuva.
ResponderEliminarvou seguir o blog :D
ResponderEliminareu gostei desse´poema porque lembra a minha cidade,onde morava.
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