Natal de quê? De quem?
Daqueles que o não têm?
Dos que não são cristãos?
Ou de quem traz às costas
As cinzas de milhões?
Natal de paz agora
Nesta terra de sangue?
Natal de liberdade
Num mundo de oprimidos?
Natal de uma justiça
Roubada sempre a todos?
Natal de ser-se igual
Em ser-se concebido,
Em de um ventre nascer-se,
Em por de amor sofrer-se,
Em de morte morrer-se,
E de ser-se esquecido?
Natal de caridade,
Quando a fome ainda mata?
Natal de qual esperança
Num mundo todo bombas?
Natal de honesta fé,
Com gente que é traição,
Vil ódio, mesquinhez,
E até Natal de amor?
Natal de quê? De quem?
Daqueles que o não têm?
Ou dos que olhando ao longe
Sonham de humana vida
Um mundo que não há?
Ou dos que se torturam
E torturados são
Na crença de que os homens
Devem estender-se a mão?
Poema “Natal de 1971”
de Jorge de Sena in, De palavra em punho
FELIZ NATAL
Oportuno e tão atual. Que mudou, afinal, que não esteja escrito neste poema? Nada.
ResponderEliminarFeliz Natal
Um abraço do
JB
Muito bem escolhida a musica não fiz referência a ela, acho que devo referir.
ResponderEliminarJB
Querida Amiga de tantas jornadas poéticas.
ResponderEliminarContinua seguindo este caminho belo da poesia que enche a sua alma de encantamento.
Tantos anos depois e este blogue continua vivo graças ao seu grande esforço.
Eu agradeço as bençãos que a sua poesia e a dos autores que partilha me dão.
Creia-me sempre seu eterno seguidor naquilo que de mais belo tem a palavra: a poesia.
Pe. Vitorino
OTÍLIA
ResponderEliminarNos teus blogs admira-se e aprecia-se em primeiro lugar,obviamente, o que é da tua autoria e que, muitas vezes é bâlsamo para a alma de quem te lê.
Mas tu tens ainda a virtude de partilhar com os teus muitos leitores, poesia da mais apreciável que, se não fora por TI, não seria divulgada.
Um carinhoso obrigado.
Tudo de bom para TI
Carlos Ferreira
boas festas!
ResponderEliminarNão conhedia e por acaso encontrei
ResponderEliminarMas não li toda a poesia
Para isso cá voltarei
amnhã, depois ou qualquer dia.
MAS GOSTEI !!!
ARFER