Imagem de Fefa Koroleva
O tempo tudo apaga e a rasura
desaba repentina sobre os olhos:
os dedos da memória sem espessura
começam a safar como se escolhos
os poemas que atirei pela janela
numa garrafa cheia de vazio
(não sei se para os bolsos de uma estrela
se para o leito seco de algum rio)
Eis como sinto a sílabas que outrora
circulavam no sangue das palavras,
a súbitas perdidas, pois agora
almejam ser apenas anuladas:
esquecidas que foram para alguém
o corpo dos poemas de ninguém
Poema de Domingos da Mota in A espessura do tempo
.
ResponderEliminar.
. porém . há um poema que permanece . fora do tempo que tudo apaga .
.
. este .
.
. um bom fim.de.semana .
.
.
Obrigado pela divulgação deste meu poema.
ResponderEliminarCumprimentos.
Linda partilha.
ResponderEliminarBom fim de semana.
beijooo.
Gostei muito do poema e o poema não será nunca aqui esquecido.
ResponderEliminarMais uma bela escolha como já nos habituaste. Um blog que deveria ser considerado de utilidade publica.
bjokas
Feliz escolha, a deste poema. Bem construído, e expressivo na sua linguagem metafórica.
ResponderEliminarParabéns ao autor, e à responsável pelo Poesia Portuguesa por o ter inserido.
Carlos Ferreira
o corpo dos poemas será sempre de alguém.
ResponderEliminarachei o poema muito bonito além de estar bem rimado.
um beij
Além de excelente, este poema de Domingos Mota, é senhor de metáforas divinais.
ResponderEliminarParabéns ao autor e bem hajas Menina Marota, pela escolha.
Bjito amigo e uma flor
Um poema tão belo jamais se poderá apagar na poeira do esquecimento...
ResponderEliminarEsquecer, como bem colocou o poeta, nutre-se dessa amplidão de lembranças. Parabéns, Domingos. Abraços,
ResponderEliminarPedro.
Brilhante....
ResponderEliminarO Domingos da Mota, como nos habitou, ou seja, no seu melhor.
ResponderEliminarParabéns ao Poeta e à Menina Marota, pelo blog.
eduardo roseira
O Tempo..."tudo apaga e a rasura// desaba..."
ResponderEliminarUm escelente poema...que deixa um brilho intenso na mente depois de se ler....
porque as sílabas se unem e formam palavras de "Alguém"!!!
Um prazer
Obrigada!
È um belo poema merecedor de ser divulgado. Apreciei a segunda quadra:
ResponderEliminar"os poemas que atirei pela janela
numa garrafa cheia de vazio
..."
Vou colocar este blog nos n/links, pois estou de volta.
Peter
conversas.xaxa@gmail.com
Consegui vir até cá, apesar da precariedade da ligação, mas não encontro as condições de publicação.
ResponderEliminarMuito bom este soneto de Domingos da Mota.