Não, não é ainda a inquieta
à proa de um sorriso,
nem a gloriosa ascensão do trigo,
a seda de uma andorinha roçando
o ombro nu,
o pequeno e solitário rio adormecido
na garganta;
não, nem o cheiro acidulado e bom
do corpo depois do amor,
pelas ruas a caminho do mar,
ou o despenhado silêncio
da pequena praça,
como um barco, o sorriso à proa;
não, é só um olhar.
Poema XX de Eugénio de Andrade, in Branco no Branco
Eugénio
ResponderEliminaro nosso
Serão, talvez, estas as únicas palavras que podem acompanhar esta pintura... nada mais...
ResponderEliminarBelíssimo poema, que desconhecia, embora tenha alguns livros dele. Adoro essa pintura do Vermeer que serviu de inspiração a um filme do qual tenho o DVD.
ResponderEliminarBelo tempo de praia, vou ver se vou passar uns dias no Algarve.
Belo poema! O quadro me chamou atenção! Gosto muito de um filme que trata sobre ele, cujo nome é Menina com brinco cor de pérola!
ResponderEliminarBom ter estado aqui! Voltarei mais vezes!
Muita paz!
Gosto. Muito mesmo.
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