Foto de Adri Berger
Vou abrir as asas e navegar...
Soltar-me incandescente
No Oceano, do desejo
Sucumbir
A este quer mais.
Ficar derramada na espuma das ondas...
Erguer-me depois...
Voo da gaivota,
Planando no ar...
O meu destino são estas voltas
Reviro e viro-me no Céu
Desço
Voo picado sobre mim mesma.
Atiro-me ao Mar...
Sou esta pedra que se move.
Sou esta incerteza que as marés cobrem.
Há algas,
No lugar de cabelos,
Prendem-se nos corais
E voltam a escapar-se...
Ergo-me, derrubo-me...
Transporto-me nas ondas
Termino em espuma.
E é sobre a areia que volto ao ar,
Sabendo sempre
Que descerei em voo picado,
Perfurarei como pedra o Mar.
Oceano longinquo
Onde me metarmorfosei-o
E encontro no irreal
O que de real há na vida...
Corais inesqueciveis...
(Poema da Ar)
segunda-feira, julho 17, 2006
O que Há de Real...
15 comentários:
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Cumprimentos,
Boa escolha deste poema da AR...
ResponderEliminarFizeste-me chorar /vi-me nessa imagem/e nesse poema tão sentido.
ResponderEliminar/Ergo-me, derrubo-me.../
Um beijinho doce
Lara Magalhães
Ar, é lindo este teu poema.
ResponderEliminarE fez-me recordar um que escrevi há tempos.
Beijinhos
MULHER – GAIVOTA
Num temporal
Negou-lhe a vida o mar.
Mas renasceu alada
E voou no céu do seu olhar.
Em turbilhão
De verde azul
Brilhante
Desenhou formas de um tempo intemporal
Na linha que separa o sonho do real.
E ancorou
E julgou dominar
O mar que a expulsou,
E a terra verdejante.
Louca mulher gaivota,
Tu não sabes
Que o real não é sonho?
É pesadelo.
Que o mar jamais será teu?
Não podes tê-lo.
E o céu do seu olhar
É um novelo
Em que te enredas,
Em que te envolves,
Em que te matas.
E só te esperam quedas.
Louca mulher gaivota,
Tu não sabes
Que a terra não é amor?
É noite.
Que do sol
O calor
Em que te aqueces,
Em que te abrasas,
Em que te esqueces,
Não é mais
(Na tua vida – noite)
Do que um risco brilhante
Que fulmina.
Mulher menina
Tu não sabes
Que apenas fica
Um rasto de poeira brilhante
P’ra recordar
Essa gaivota de Cristal Diamante
Lindo!
ResponderEliminarBeijos e boa semana
Q gratidão da alma qd alguem escreve o que sentimos ... Beijinho grd*
ResponderEliminarOlá
ResponderEliminarque belissimo poema, tem tanto a ver comigo, o oceano, as algas, o sal do mar, vida... Bjhs e boa semana
Lindíssimo!
ResponderEliminarbeijos
Vôo de gaivota! Quantas vezes olhei o céu e desejei ser uma!
ResponderEliminarbeijos da Pitanga
A música não poderia ser mais linda.
Beeeeeeeeeeeeeeeem...LINDO!!!!!
ResponderEliminarLINDO!!!!!
LINDO!!!!!...o poema!
e a foto é espectacular ;-)
Beijinho GRANDE!
amigo/a...força na publicação de poesia e desenhos!
ResponderEliminaragradeço que seja notificado para
presfeio@gmail.com
abraços!
carlos peres feio
(2 dos meus blogs)
...podiamsermais
...aminhaverdadeiranatureza
"Vou abrir as asas e navegar..."
ResponderEliminarapenas com este início já previa um excelente navegar, e não me enganei.
vou dormir, abrir as asas e navegar no teu poema.
:)
é um prazer vistar-te. e conhecer tão belos poemas de poetas desconhecidos.
ResponderEliminarPasei por aqui e gostei volto...
ResponderEliminarlindo
ResponderEliminar...e como o real que há na vida apenas se mostra num irreal voo picado sobre nós mesmos...sobre a profundeza das nossas águas turvas...metamorfosemo-nos em nós mesmos...
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