Imagem Google
Acaba-se imperceptivelmente o fulgor do Verão
Vai-nos caindo sobre...
esta lassidão de Outono.
A luz já não é bem luz
mas uma pasta que se mistura com a Terra.
Dela se ergue uma bruma da sua cor,
diluída, esparsa.
O cheiro entra-nos na pele
absorve-nos
dispensa as narinas.
é acre
intenso
quase agressivo.
As estrelas baixaram no céu
teimosamente entre nós.
Ensombra-nos uma ténue cortina -
futuras nuvens
ainda medrosas de o serem.
O céu já não é a donzela
desconhecedora de vergonhas
descuidando-se brilhante no seu virginal fulgor.
É, agora, pudica menina
tentando encobrir a nudez
em indiscreta cortina translúcida.
(As fêmeas deveriam sempre aleitar nesta estação.
Então, os vagidos das crias sequiosas ou o ronronar da saciedade, soariam abafados docemente na penumbra, de manhã a manhã, como uma almofada de lã fofa e transparente e as crias, rolando dos leitos, vagueariam nesta maciez onde a gravidade quase se anula.)
Se Paz houvesse, ela seria proclamada em cada início de Outono!
(Poema da Seila)
É de arrepiar !!!
ResponderEliminarMúsica, imagem, e ...as palavras!!! Que conjugação!
É sempre tão bom cá vir!!
Parabéns pelo teu projecto.
Minha querida que eu sorrir sorri, mas o que mais eu fiz foi suster a lágrima teimosa. onde foi a menina desencantar o que escrevi muitooooo antes dos blogues e nem sei onde publiquei?! dá-me o link sim? rsss
ResponderEliminarDavagarinho no Outono é como gosto de viver, respirar outros ares mais frescos e calcar folhas caídas, e gosto de ver as árvores quase nuas em mudança de roupas! Lindíssimo texto e a imagem não lhe fica atrás! Abraços
ResponderEliminarAcertaste! O Outono está aí... com esta chuva que inunda tudo;lindissimo poema e uma imagem a condizer.
ResponderEliminarBeijinhos do aaron
Minhas amigas MM e Seilá,
ResponderEliminarAcabo de vos roubar este belo poema.
Ia telefonar-te mas a Milú disse-me que não são horas que te deitas cedo.
Queria inseri-lo na contra capa do programa da próxima noite de poesia em Vermoim.
Se tu autorizares e a Seilá der o OK.
E seria muito giro tu vires a Vermoim e ler este belo poema.
Anmanhã, a horas decentes, telefono.
Um abraço para ti e outro para a Seila.
Poema recheado de cheiros...fez-me lembrar todos os caminhos com folhas amareladas que vamos pisando ao longo do Outono... a beleza do final de tarde!
ResponderEliminarBelissimo conjunto - poema/musica.
"O cheiro entra-nos na pele
absorve-nos
dispensa as narinas.
é acre
intenso
quase agressivo."
Obrigado pela vossa partilha
{{coral}}
Como já ali disseram, um lindissimo poema com uma imagem de sonho. Até desejo que o Outono venha depressa!
ResponderEliminarBeijinhossss e bfs da Anita
Lindíssima poesia da Seila, a quem chamo Escritora, pois usa as palavras e os sentimentos de tal maneira, que quando damos por nós, estamos "mergulhados" nos seus escritos.
ResponderEliminarBela escolha:)
beijos para as duas*
E eu que não gosto do Outono, despertou-me um gostinho stranho ao ter lido tão bonitas palavras.
ResponderEliminarPara além disso a imagem é maravilhosa ,acompanha de forma magica o encanto das palavras..
Gostei...
Um beijo*
http://believe.blogs.sapo.pt/
lindo, fez-me sentir os cheirinho do Outono, quase que ouço o barulho que fazemos ao caminhar nas ruas quando calcamos as folhas que estão a cair das árvores, deu-me saudades... gostei mesmo muito, além do mais Outono é o meu mês.
ResponderEliminarbeijinhos e um sorriso de volta, pois este poema fez-me olhar sem ver e sorrir assim sem mais nem menos, trazendo-me boas lembranças.
Como sou um “Outoneiro ou Outonense” convicto, adora todos e cad um dos momentos do Outono.
ResponderEliminarExcelente escolha (mais uma vez) e obrigado por proporcionares acesso a este espaço de qualidade.
Beijo
vim confirmar a nossa sintonia outonal
ResponderEliminare encontro aqui uma fantástica explosão de cor.
:-)
'MODOS DE VER'. Pois é o Outono. O outono é o aproximar do Inverno, o fim de ciclo. E a nossa vida são quatro estações. Há muitos que não passam da Primavera.
ResponderEliminarBeijinhos
Manuel
Quatro estações
ResponderEliminarEu já fui primavera alegre e rescendente;
Em quimeras flori; vibrei hinos de amor;
Veio o estio depois, fecundo mas candente,
E o meu jardim então ficou sem uma flor.
Mas persistiu em mim aquela fonte oculta
Que mantém o frescor das verdes primaveras;
E, quando veio o outono, em ambição estulta
Quis de novo florir em sonhos e quimeras.
Triste ilusão porém! Insensato desejo!
Desse lindo jardim agora nada vejo,
Embora inda respire o seu perfume terno.
Hoje é tudo aridez; a própria luz é escassa;
Tomba neve do céu e o vento ruge e passa.
Tão cedo envelheci! Tão cedo veio o inverno!
Alberto de Aragão
Imagem sublime!
ResponderEliminarO texto traduz tudo! Não só o Outono mas o que ele comporta na sua beleza particular.
É minha estação predileta! :)
Beijinho
Outono a minha segunda estação do ano favorita... Tudo é tão incrivelmente lindo no Outono... As paisagens são autênticas aguarelas... Apoesia sai solta como um folha ao vento...
ResponderEliminarQue lindo o meu mês de Outono!
A foto é de uma beleza extasiante.
Embora eu tenha nascido ainda na Primavera, o Outono é e sempre foi a minha estação predilecta.
ResponderEliminarEntão (mas não só por isso) amei este poema.
Parabéns às duas
e um beijo enorme da
Maria Mamede
ola...
ResponderEliminaro blog é o supremo do Espanto ...
tem tudo que é necesserio para relaxar...
tem alma..e vida propria...
tudo nele encanta....
é maravilhoso...
e muito expressivo...
beijos de nadja carvalho
Dimais!!!
ResponderEliminar\o]
Sheila vc é muito boa mesmo
ResponderEliminaramei.
muita luz /|\ awen
Adorei este blog...
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