Foi então que parti à procura
De segurança e sabedoria
Tremendo ao sentir a’margura
Que a nova ignorância trazia
Mas que mente esta que tortura
Que martela a todos os momentos
Que pinta de amena loucura
Os mais inocentes sentimentos
Mas quem sou eu afinal
Que jovem já não sou
Se o corpo dói e passa mal
Do tempo que por ele passou
Quem sou eu afinal
Se a alma vendi
Ao grande vendaval
Dos dias que perdi
Filho, irmão, pai, marido
Sou sempre de alguém
Haverá em mim escondido
Algo meu e de mais ninguém?
Algo mais que esta figura
Alta, magra e desligada
Que perde a compostura
Sempre que é acossada
Alguém a quem se possa
plantar um chavão que seja
Doutor da pasta grossa
Estúpido de fazer inveja
E perante o fim vizinho
Morre a vontade sem o saber
Ou segue um errante caminho
Até Deus ou até o que houver
Que fazer à vontade de mais ser
Quando os anos se vão escoando
Devo reprimir o desejo e me perder?
Devo levantar âncora e sair errando?
Se me perco, me encontram
Se me encontro, desapareço
Se fico, os de alguém terão
Se vou, só eu permaneço
(Poema de Pedro Azevedo in O Zigurate )
Lindo poema primeira vez que passo aqui e adorei,esses sentimentos que nós tras tanta felicidade, não tem coisa melhor no mundo do que você ir embusca da tua sabedoria,ir atrás do teus conhecimentos.
ResponderEliminarUm abraço.
Olá, é a primeira vez que visito este espaço, que publicitado na Voz do Povo,pelo Beezblogger e divulgado por e-mail pelo David Santos. Surpreendeu-me a qualidade do trabalho, mas era expectável dadas as referências.
ResponderEliminarEm nome dos colaboradores da Voz do Povo, os parabéns e o desejo de continuação deste excelente trabalho.
Um grande abraço
O Parque está fechado mas eu ainda vou andando por aqui- quem sabe voltarei um dia destes. As expectativas disso estão a me animar. Eu costumo dizer: "Trazer muitas expectativas na mente é como trazer um frasco de veneno disponível para ser tomado na primeira frustração", ambos refletiram, aliados àqueles que tanto gostavam deles... A vida é bela, mas nunca será perfeita... Pois não existe a menor chance de acabarmos com todas as coisas que nos incomodam.
ResponderEliminarE o presente toca o meu coração e eu quero ser feliz.
Tudo isto pra dizer a vc que estou de volta. Não ainda ao Parque Más aqueles que foram importantes para mim
Tou de volta e esperando agora ficar.
Me identifiquei muito com este poema.
Um abração em vc
E quem sabe quem somos e como somos,se somos o que queriamos ou se seremos quem queremos...nunca saberemos!
ResponderEliminarLindo...como sempre!
Olá!
ResponderEliminarÉ verdade José Azevedo. Pregam-lhe um chavão e eles já são. Os que são, não são, mas atenção, como genialmente dizes: "se vou, só eu permaneço" e, eles, ainda que com um grande funeral, desaparecerão. De uma coisa podem os (outros) estar certos; os que andam por cá, não andam por lá!... São águas límpidas. Sem ombros ou ombreiras e sem milhões ou televisões.
Obrigado aos condutores deste bolg pela intrudação das imagens que têm colocado juntamente com os poemas. Muito felizes, diga-se de passagem. Assentam que nem luvas.
Obrigado.
mais que um poema temos aqui um reflectido desabafo das ansiedades de alguém que sente a vida.
ResponderEliminarBjs
TD
A emoção, por vezes deixa-nos ceguinhos de choro....e sem palavras.
ResponderEliminarVizitar este blogue, foi de facto, uma dessas emoções.
Paulo
Digo, visitar.
ResponderEliminarPortishead a acompanhar este poema, olhando esta imagem faz-me o sangue correr mais rápido.
ResponderEliminarBelas escolhas!!
Hugo Rodriguez
Tantos blogues que gostava de ver e ler, outros tantos em que passo e nem sequer os chego a ver.
ResponderEliminarNo entanto existem outros, que não nos cansamos de os ler, porque em cada palavra saboreia-se a nostalgia tranquilizadora de cada mensagem que nos enriquece o saber sem nunca chegarmos a agradecer...
O tempo é sempre o grande culpado destas contrariedades, mas por vezes a preguiça também ajuda.
As desculpas só serão válidas quando verdadeiras.
Um beijo
Um blog cheio de poesia maravilhosa.
ResponderEliminarE eu gosto tanto dela!
Beijinhos
Um belíssimo poema!
ResponderEliminar"Se vou, só eu permaneço"
Adorei o poema e a mensagem!
Obrigada por o partilhares.
Beijinhos
Gostei!
ResponderEliminarMais uma vez de regresso às tuas páginas para me deleitar com as tuas belas escolhas.
ResponderEliminarCpmtos do J.N.
*DOLOROSAMENTE*, CONSTRUIDO!
ResponderEliminarEM CADA VERSO SENTE-SE UMA ANGUSTIA E UMA INTERROGACAO!
MARAVILHOSO! E A VOZ****** ACENTUA ESTA DRAMATICIDADE_ESTA DOR! ESTE DESALENTO_!
_QUEM SOU EU???
_Digo eu, agora, QUEM ME DERA SABER_!
...............TODO O POEMA E' UM TODO DE EXCELENCIA, MAS FACO DESTAQUE A ULTIMA ESTROFE!!!!!
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MAIS UMA VEZ, PARABENS AOS INTERVENIENTES!
......................Estou por AI' LENDO, OUVINDO... como desejava nao ter de SAIR!_MAS TEREI! MAS...*VOLTAREI*!!!!!!
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Abracos.
Heloisa B.P.
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Carissimo, RELEIO!!!!!!
ResponderEliminarE, ali acima deixo algumas palavras sobre meus problemas com o Hotmail.
Se ler, entendera'!
OBRIGADA!
POEMA PARA RELER E...*RE-ESCUTAR*!!!
Saudacoes!
Heloisa B.P.
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meu outro endereco de e-mail:
heloisawithoutpoetry@yahoo.co.uk
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