Imagem de Elena Chernenko
Não me recordo se havia alguma flor
no meu jardim.
Talvez fosse Verão... mas todas as manhãs, ao acordar,
inexplicavelmente sentia saudades de mim.
Só sei chorar em português. Se minha mãe soubesse...
Como detesto os meus brinquedos de criança.
Talvez fosse Verão, e houvesse flores...
Eu é que não fui um jardim na minha infância.
Todos os astros se perderam no infinito.
Que saudades eu sinto de não ter sido um outro.
Talvez fosse Verão, sei lá, e houvesse flores.
Só eu não fui ninguém entre o meu ser
e o sonho de outro.
(Poema de Heitor Aghá Silva)
(in «Nove Rumores do Mar»,
org. de Eduardo Bettencourt Pinto,
Instituto Camões, 2000)
não conhecia.gostei muito
ResponderEliminartambém gostei,
ResponderEliminarboa tarde
belissimo!!! esse autor é da Madeira, não é? já li sobre ele.
ResponderEliminarKisses da
Vera
Açoriano, da ilha do Faial...
EliminarBelíssimo poema!! Beijos.
ResponderEliminarBem regressada!
ResponderEliminarUma otima escolha como é habitual em vc
Beijão :-)))))
Lindo poema!
ResponderEliminarBeijus poéticos
Desconhecia este Autor e gostei imenso...
ResponderEliminarObrigada.
Um beijo enorme da
M.M.
Gostei da imagem diáfana e o poema que tão bem a complementa.
ResponderEliminarBjs
TD
Que imagem tão sensual. Muito bonita!
ResponderEliminar:-D
E que música tão calma p o espirito.
Beijão!
(ja´te respondi aquilo, no outro blog...)
É sempre bom passar por aqui e descobrir novos poemas.
ResponderEliminarUma imagem merecedora do poema que nos ofereceste. É bom ter-te de volta!!!!!
ResponderEliminarMuito jinhossss da Ana
talvez tenha sido
ResponderEliminarum incêndio de olhos
quiçá de relâmpagos.
acaso um vento magnético e solar
terá soprado naquele verão
numa estranha fluorescência de oiro e fogo
e iluminado em intermitência
qual boreal aurora
os meus altares do nada.
porque frágil é o corpo
e efémero é o sonho
talvez tenha sido assim
um certo verão.
um verão que foi meu.
Belo poema!
P.S.: Poesia, já te respondi nos Castelos. Dispõe.
jinhos