Regressámos a pé no sossego da água
mas deixámos na praia um rasto cúmplice
de vento longínquo
alguns sinais de algas
recados e um desejo de repartir sementes
Talvez por isso cheirem a maresia
os poros deste chão
e os nossos lábios soltem pássaros generosos
Talvez por isso tivéssemos regressado
pelas dunas inconsistentes
e finalmente nos descobríssemos
nus e criadores
a voar num império de areias
Hoje quase compreendemos
porque são as aves mais leves
que o seu destino
(Poema de Eufrázio Filipe in Mar Arável)
Passei por aqui e no meu rastro deixo um desejo e um beijo... boa semana.
ResponderEliminargrato ler Eufrásio Filipe. aqui. por tuas mãos. beijo
ResponderEliminarAchei este blogue quando pesquisava matéria sobre português. muito bom. musica muito suave e poesias e imagens muito bonitas.
ResponderEliminarVos parabelizo
Yvone
Olá minha Linda, bom dia!
ResponderEliminarGostei muito deste Poema; não conheço o livro nem conhecia o Autor.
Descobres sempre muitas coisas belas, Amiga.
Parabéns aos dois e Obrigada pela partilha.
Beijoooosss
Maria Mamede
ainda bem que existes
ResponderEliminarDelicioso poema! Leve, leve.
ResponderEliminarPoema, imagem e a musica uma triologia fantástica. Parabéns a ambos os aitores. do poema e do blogue.
ResponderEliminarZé
Mais uma vez, os meus parabens à Poesia Portuguesa, por ter escolhido um poema ( dos muitos) que o nosso poeta Eufrázio tem!
ResponderEliminarHomenagem merecida!
Beijos a a ambos:
Mar Arável
e
Poesia Portuguesa