Imagem de Ivan Kustura
uma sede de rosas.
uma sede tantálica, silenciosa,
como uma brasa ardente queimando.
incendiando as memórias, constante.
como uma inflorescência de cactos abrindo a noite.
cingida de espinhos, o silêncio perfurando.
e a carne.
em labaredas algemada, arfante, felina.
agrilhoada, salina de sangue, vibrante.
na ausência de uma frescura de rosas,
sinal algum pulsa a meu favor.
nem a fresca brisa que afaga os cactos mansos.
a única luz que fulgura e subsiste
é a do fanal do fragoso rochedo
que esquadria as brumas e os mares de escolhos
da minha noite negra povoada de medos:
- a saudade dos teus olhos.
[quem diz que a larga ausência causa olvido,
ignora que a saudade tem memória]
(Poema de Zénite in Castelos de Vento)
quarta-feira, julho 04, 2007
Uma sede de rosas...
11 comentários:
Caros visitantes e comentadores:
Obrigada pela visita... é importante para cada um dos autores da poesia constante deste blogue que possas levar um pouco deles e deixar um pouco de ti… e nada melhor que as tuas palavras para que eles possam reflectir no significado que as suas palavras deixaram em ti.
E porque esta é uma página que se pretende que seja de Ti para TODOS e vice-versa, não serão permitidos comentários insidiosos ou pouco respeitadores daquilo que aqui se escreve.
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Cumprimentos,
Lindíssimo poema! Beijos.
ResponderEliminarBelíssimo, este poema.
ResponderEliminar... a saudade tem memória, sim...
TUDO TEM MEMÓRIA SE LHE DERMOS VIDA.GOSTEI DO POEMA.
ResponderEliminarNeste espaço, encontramos sempre boa poesia!
ResponderEliminarTemos aqui mais um belo poema.
Maria
estou de volta e foste a minha primeira visita. tens ali em baixo uma foto que imagino #tenho uma imaginação farta# que sejas tu.
ResponderEliminarjá li tudo e estava cheia de saudades de te ler.
imagens mt bonitas e escolhas fabulosas como este que é maravilhoso. parabens ao peta e a ti que partilhas momentos tão belo como este
beijinhossssss da Anna
Tem aqui um blogue e pêras...
ResponderEliminarAtravés de outros Blogs amigos, cheguei aqui e não resisti a passear pelo seu. E gostei do que vi e li. Bonito mesmo a poesia que aqui coloca. Já agora desculpe a pergunta e a sua?
ResponderEliminarGil
ღღ OLÁ! ღღ
ResponderEliminar*.*´¨) ღღ
ღღ ¸..´¸..*´¨)*´¨)
¸.•´¸.•*´¨) ღ ¸.•*¨)
(¸.•´ ღღ (¸.•` ღღ Bom fim de Semana* ღღ
¸.•*¨)
(¸.•´ ღ (¸.•*´¨¨*Beijos*´¨¨*•.¸ღ .•*¨)
(¸.•´
•.¸.♥`“•.¸♥≈Nღdir≈♥ ¸.•“´♥.¸.•
Raramente comento aqui, comentários. Os comentários, são para os autores dos poemas, porque sem eles, este blogue provavelmente não existiria.
ResponderEliminarNo comentário do Gil (que pena não ter deixado endereço) lê-se: "…Já agora desculpe a pergunta e a sua?”
Satisfazendo a sua curiosidade, responderei que quem me conhece e sabe o endereço dos meus blogues, vai lá ler-me.
Este é um blogue e como já o disse num texto a este respeito, que teve como iniciativa, a descoberta da boa poesia que ia descobrindo nas minhas "viagens" pela net e que quis partilhar.
Tinha um outro objectivo, mas esse ficou, como se costuma dizer, em banho-maria. Talvez um dia, quem saiba, concretize esse meu sonho… por agora partilho tão somente a poesia que vou descobrindo e de que gosto.
Um abraço a todos :-)
«[quem diz que a larga ausência causa olvido, ignora que a saudade tem memória]»
ResponderEliminarApoiado! Nunca concordei com aquela ideia de «longe da vista, longe do coração». É mentira ;-)
Olá Amiga!!!
Tens sempre umas imagens belas a acompanhar os tão esclarecidos poemas. Livra, que tu nunca brincas em serviço!
Ehehehehhe...beijinho GRANDE
:-)
da
SULISTA
Ola amiga
ResponderEliminarAprecio imenso a poesia que aqui publicas .
Como não posso copiar peço-te que me envies por e-mail este lindo poema.
Obrigado desde já pela atenção que queiras dispensar-me.
domingos.f.vale@sapo.pt