Imagem de Turner Dyke
Deixa-me voltar para onde o ar
É mais puro, e a vida mais leve!
Deixa-me...
Ainda que por um momento efémero e breve,
Deixa-me voltar a sentir o vento
Abanar as copas dos pinheiros
E a ver giestas e papoilas
Florirem nas encostas!
Deixa-me voltar a respirar
O odor a capelinhas e rosmaninhos
Pelo S. João,
Saltitar uma vez mais, por veredas e caminhos,
Como se a infância não tivesse ainda fugido....
Deixa-me...
Deixa-me achar-me no meio das serras,
Eu, que há muito ando já perdido!...
Deixa-me vida triste, cruel,
Deixa-me, que quero reaprender
A cheirar as ervas e o mato,
As flores e a Primavera!
Deixa-me,
Que quero sentir, como outrora, o cheiro da terra,
E beber outra vez, de bruços,
A água fresca das nascentes,
Nos cumes dos montes.
Deixa-me,
Que quero de novo sentir em mim
O despertar de uma quimera,
E a liberdade dos amplos horizontes...!
( Poema de Luis Beirão )
Bonito poema e um blogue digno dos meus humildes PARABÉNS.
ResponderEliminarUm abraço para o autor do poema e do blogue.
Bom fim de semana.
ZezinhoMota
Amarra teu arado a uma estrela e os tempos darão safras e safras de sonhos (G.Gil)
ResponderEliminarBeijo básico da companheira que morre de saudade!
Ao encontro da inocência renascida. Um belíssimo poema.
ResponderEliminarSenti a transparência destas palavras...beijos.
ResponderEliminarÉ um poema muito bonito e com uma tela fantástica.
ResponderEliminarUm abraço
É isso mesmo... ao encontro da inocência renascida define mais ou menos a sensação. Mas fica a pergunta: o percurso da virgindade para a não-virgindade é fácil, como fazer o percurso inverso?
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