Talvez nunca a ternura fosse tanta
como entre os montes amadurecidos
e quando as casas se elevam
entre o ouro e o fumo da tarde.
Silêncio que parece vir do lento
passado,
vozes que se dão em resignada melancolia
e tomam a forma dos frutos,
vinho e sombra que apagam o mar
nas árvores
onde não tardará o abandono,
memória do que somos.
Repousam sobre a noite os grous
enquanto as cidades crescem à nossa volta
contra o sul vencido.
Vento, ramo e sombra que caem
sobre as janelas ardentes:
lá onde a púrpura se reclina
sobre a água e a beleza
a verdade começa a surgir da espuma.
(Poema de Henrique Dória)
Imagem de Sergey Alexei
Tão doce este poema de Outono! Gostei muito. Beijos.
ResponderEliminarO Outono! Está quase tudo dito com esta exclamação!
ResponderEliminarMas, e as árvores nesta altura do ano, meu Deus? Particularmente o Liquidâmbar?
Uma dádiva da Natureza!
Beijinhos
António
O Outono é a estação do ano ideal para se viverem momentos de melancolia.
ResponderEliminarBjs.
O Outono e o seu doce encanto.
ResponderEliminarBelo!
por razões várias não gosto do outono, mas do poema gostei!
ResponderEliminarparabéns ao autor.
beij
Andei por aqui a dar uma volta.
ResponderEliminarAchei interessante.
Cumprimentos meus