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Para que terei então chegado aqui"
Nuno Júdice
a poesia não é inútil!
inúteis são todos os poetas
porque ninguém conseguiu ainda entende-los.
inútil sou eu quando escrevo um poema
simples e cristalino
latejando de verdade
sofrendo nesta cidade tranquila.
inútil sou eu que clamo
a magia do poema feito
numa tarde inexplicavelmente quente de setembro.
inúteis são os sonhos decepados
as palavras gastas
os gestos inexpressivos.
inúteis são todos os poetas
porque ninguém quer
entende-los.
Pi
ResponderEliminarSó as almas sensiveis entendem a poesia
Um beijo do
Tiago
Só quem ama a poesia a pode entender, como um poeta se entende a si tão só...
ResponderEliminarSincera pela sensibilidade de sentir.
Ser poeta é ser diferente, é preciso ser-se sensível e sentir-se as entrelinhas do poema
ResponderEliminarA poesia é realmente a mais bela das artes
MENINA MAROTA: ao proclamares, tão anafórica e repetitivamente, a inutilidade dos portas, consegues o efeito contrário: engrandece-los !
ResponderEliminarE os inúteis passam a ser os outros que não têm a nossa sensibilidade...
BEIJOS DA Mª ELISA
Poeta é grito de alma ardente...
ResponderEliminarQuem grita poesia renasce em cada dia!...
Miguel Portela (miguelportela2010.blospot.com
Belo poema. Eu eu diria ainda que, apesar de escrever o que se chama poesia, não sei o que ela é nem o que é um poeta. Interrogo-me. Talvez a poesia seja a interrogação de mim e do doutro. Tudo de bom.
ResponderEliminarA poesia é um mar complexo, contraditório mas tão heterogénio que nos afoga com a sua mensagem...
ResponderEliminarA piedade que é poeta sabe entender a poesia com todas as palavras escritas e caladas.
ResponderEliminarBeijos.
Obrigada, para mim é um enorme privilégio, estar aqui.
ResponderEliminarum beij
Um poeta não chora lagrimas é duro demais quando as esreve
ResponderEliminarFala o firmamento deste dogma que até a marmore me persegue
Justeza nunca mutàvel mas comparecida apego
Astucia vicia a minha sagacidade e so com ela quero perder tempo
Adorei as obras deste blog :)
ResponderEliminarbelas palavras, tenras e quentes...
Cumprimentos para todos :)
Houve, aqui no Brasil, na década de 80, um grupo musical, o "Ultraje a rigor", que ousava a bárbara concordância: "a gente somos inútil...inúteis", Sim, em 80, final da Ditadura Militar, não havia algo mais inútil do que um poeta sob as baionetas. Mas cá estamos, neste início de século XXI, e as perguntas ainda são "quem nos dá ouvidos", ou "ainda somos tão inúteis quanto em 80"?
ResponderEliminarBelo poema o vosso, que ainda não perdeu a validade.
Abraço de além mar!
uma grande Senhora-Poeta.
ResponderEliminarBeijos.
parabéns pela escolha.
Olá!
ResponderEliminarMais uma vez tenho o grato prazer de te visitar e te ler.
Os poetas são anjos... Anjos não são deste mundo e têm sentimentos especiais. Eres um deles.
Beijinhos e fica feliz.
Ceiça
Ola a todos, gostaria de ter opiniões sobre poemas meus. Aqui esta o link do meu blog:
ResponderEliminarhttp://poemasarregalados.blogspot.com/
Obrigado pela atenção
Belíssimo poema! De facto, "inútei s são os sonhos decepados(...)". Belíssimo poema; não me canso de o dizer. Tudo de bom.
ResponderEliminarMuito bom o poema da Piedade, como todos os seus escritos que já li até agora!
ResponderEliminarUm abraço
Ainda há muito enlevo na "inutilidade"...
ResponderEliminarL.B.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarE como é boa e ruim esta inutilidade. Será que um dia não serão tão inúteis assim os poetas? Quando conseguiremos entender cada grito silencioso?
ResponderEliminarDija Darkdija, engatinhando na poesia.
Boa é a inutilidade do poeta
Pois se revela em beleza
E a sua eterna destreza
Capaz até de curvar a reta.
dijadarkdija.blogspot.com
MM,
ResponderEliminarInúteis são a incompreensão, as sombras que ocultam a luz, os caminhos que despidos de sonhos conduzem inevitavelmente ao abismo!
Um abraço... e saudades!
AL
Visitem também o meu site
ResponderEliminarhttp://poesiadofantasma.blogspot.com/
Piedade, sou um poeta carioca, tenho dois livros publicados (Sujeito Oculto e Cabeça, tronco e versos) e um blog onde publico crônicas e poemas. Parabéns pelo seu blog, em especial por este poema tão bonito. Seguem três poemas meus. Se gostar, pode publicar (risos). Abraços!
ResponderEliminarSUJEITO OCULTO (Victor Colonna)
O problema são as conjunções desconjuntadas
As interjeições rejeitadas
Os adjetivos desajeitados
Os substantivos sem substância
As relações de deselegância entre as palavras.
É preciso superar o superlativo:
O absoluto sintético
E o analítico.
Achar o verso
Entre o verbo epilético
E o pronome sifilítico.
Falta definir o artigo inoxidável
O numeral incontável, impagável.
Resta procurar o objeto direto
Situar o particípio passado
E o pretérito mais-que-perfeito
Desvendar a rima
Desnudar a palavra
Encontrar o predicado
E revelar o sujeito.
CONTRATO DE RISCO (Victor Colonna)
Fica assim definido
No referido contrato:
O poeta é inepto
O poema impacto
O poema é perfeito
O poeta prefácio
O poema é sujeito
O poeta objeto
O poeta abstrato
E o poema concreto
ANTI-ÍCARO
Não sei se foi vôo
Ou queda.
O abismo me encontrou
Quando pus os pés no chão.
Não desejei estrelas
Nem derreti as asas
Ao procurar o sol.
Caí sem ter subido aos céus.
Boas, excelentes poemas aqui presentes.
ResponderEliminarPonho também aqui o link do meu blog constituído por poemas escritos por mim http://speedx-mylife.blogspot.com/
Cumprimentos e obrigado
Adorei este blogue e também queria deixar qualquer coisa...
ResponderEliminarEla acordou feliz, feliz porque ainda não despertou,
Feliz porque ainda não pensou.
Que é mais um dia...um dia igual a tantos outros
Onde a hipocrisia reina, onde a felicidade é uma metáfora
Uma metáfora que não deixa fluir o pensamento,
daqueles que o preferem não ouvir.
O POETA
ResponderEliminarO poeta não gosta de palavras:
escreve para se ver livre delas.
A palavra
torna o poeta
pequeno e sem invenção.
Quando,
sobre o abismo da morte,
o poeta escreve terra,
na palavra ele se apaga
e suja a página de areia.
Quando escreve sangue
o poeta sangra
e a única veia que lhe dói
é aquela que ele não sente.
Com raiva,
o poeta inicia a escrita
como um rio desflorando o chão.
Cada palavra é um vidro em que se corta.
O poeta não quer escrever.
Apenas ser escrito.
Escrever, talvez,
apenas enquanto dorme.
Mia Couto
Bjusssss
Te seguindo...