segunda-feira, outubro 03, 2005

Nada Se Pode Comparar Contigo

Imagem daqui



O ledo passarinho que gorjeia
Da alma exprimindo a cândida ternura
O rio transparente, que murmura,
E por entre pedrinhas serpenteia:

O sol, que o céu diáfano passeia;
A lua, que lhe deve a formosura,
O sorriso da aurora alegre e pura.
A rosa, que entre os zéfiros ondeia;

A serena, amorosa primavera,
O doce autor das glórias que consigo,
A deusa das paixões, e de Citera:

Quanto digo, meu bem, quanto não digo,
Tudo em tua presença degenera,
Nada se pode comparar contigo.



(Poema de Manuel Maria Barbosa du Bocage)

6 comentários:

  1. Ah Valente! assim é que eu gosto de te ver !!!

    Força aí!
    A meu modesto ver, vais num excelente caminho ou 'reviravolta'! ...como dizia o 'outro'...«começar de novo»...por vezes mais vale! ;-)
    Cuida-te bem minha amiga de coração e blogosfera!

    Beijinho Grande
    Amanhã estou de volta
    À Blogosfera!

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  2. Bocage é um dos poetas mais perfeitos do ponto de vista formal. E aqui está um poema que o prova. É pena que esta não seja a sua faceta mais conhecida!
    Beijinhos ;)

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  3. Excelente, este Elmano Sadino! Excelente escolha também, a da gravura.

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  4. Bonita poesia, a portuguesa.Gostei de passar por aqui :)

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  5. Passeei por teu blog, verso a verso, poema a poema, imagem a imagem. A seleção que nos é presenteada nos diz muito de quem a escolheu: bom gosto e sensibilidade! ## Particularmente só um poema já tinha conhecimento, o que, se por um lado atesta a minha ignorância, por outro, mostra a importância do que foi/é a existência desse sítio. Um abraço fraterno.

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  6. É óptimo o teu blog com a poesia portuguesa. Obrigada pelo teu comentário bonito no meu espaço. Beijinhos

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