Tenho amor, sem ter amores.
Este mal que não tem cura,
Este bem que me arrebata,
Este rigor que me mata,
Esta entendida loucura
É mal e é bem que me apura;
Se equivocando os rigores
Da fortuna aos desfavores,
É remédio em caso tal
Dar por resposta ao meu mal:
Tenho amor, sem ter amores.
É fogo, é incêndio, é raio,
Este, que em penosa calma,
Sendo do meu peito alma,
De minha vida é desmaio:
E pois em moral ensaio
Da dor padeço os rigores,
Pergunta em tristes clamores
A causa minha aflição,
Respondeu o coração:
Tenho amor, sem ter amores.
(Poema de Soror Madalena da Glória (1672-?)
Antologia de Poesia Portuguesa
Publicações D. Quixote)
gostei do teu blog
ResponderEliminargosto de poesia
e tb tenho amor e não amores:)))
jocas maradas
que bem que me soube viajar no teu blog...bem hajas:)
ResponderEliminarxi
maria
Tou farto de dar a volta pela net, e a matéria que se encontra sobre essa poetisa, é muito pouca.
ResponderEliminarPouco ou nada ouvi falar sobre essa poetisa, lá terei que partir numa Fuga Vagabunda,pra tentar saber mais.
Gostei muito deste "banco de jardim"
Abraço Vagabundo
adorei este cantinho! será com certeza tornado num assiduo caminho de pastoreio.....
ResponderEliminarparabéns por um blog lindo e por uma excelente escolha de poemas)
um abraço,
pastora de estrelas
excellent!!
ResponderEliminarnothing as the Portuguese poetry
very good
Mary
"Tenho amor, sem ter amores", e a Poesia têm-nos todos.
ResponderEliminarGostei da selecção do poema. Cumprimentos.
Relembrei com nostalgia um lindo poema já lido há 35 anos! A poesia é a imortalidade dos sentimentos mais belos! Beijos
ResponderEliminarOi tudo bom... gostei desse poema e da figura... como nao tem como copiar..rsrs.. vim aqui pedir pra voce se pode me mandar, por gentileza.
ResponderEliminarMuito obrigada pela atenção.
Tenho amor sem ter amores.
meu e-mail é feriani_julian@terra.com.br.