sobre esta folha de papel sem fundo.
Sobre este musgo gélido onde escrevo
nem sequer existe o rumor da folhagem.
As palavras continuam assustadas
como um arbusto que não pára de tremer…
Escrevo com as mãos nuas.
A nudez permite a transparência das sílabas,
o decantar das sombras na escadaria da noite,
a penetração no obscuro, a revelação do invisível.
No olhar encandeado, há candelabros acesos
como um espelho polvilhado de estrelas.
O corpo deseja-se, invade a noite de seduções…
Mas não conseguirei nunca alcançar a luz
que pela primeira vez sagrou nossas pupilas:
gélido, será sempre o longe que nos afasta das estrelas.
Albino Santos in “A Evocação do Teu Nome”, a págs. 53
Olá @Poesia!
ResponderEliminarLindissimo post.
Tu tens a capacidade de, com o que partilhas, colocar as pessoas a sonhar e a reflectir.
E esse é um dos muitos motivos pelo qual me dá prazer visitar os teus blogs. Continua sempre assim.
Um abraço
Meu amigo AL
ResponderEliminarSurpresa maior ver-te aqui num local de culto onde me perco lendo e relendo a língua irmã. Tua poesia é uma bênção que agradeço aos céus porque me permite vaguear no mundo dos sonhos.
Beijinhos meu amigo do coração
Patricia
"Gélido, será sempre o longe que nos afasta das estrelas."
ResponderEliminarGrato pelo carinho!
Abraço,
AL
Lindíssimo! Obrigado por partilhar
ResponderEliminarAbraço
Gélidas, mas necessárias, são as regras que impõem limites ao que se publica na blogosfera.
ResponderEliminarAugusto Santana
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarola, da para ver que sua poesia é muito boa, eu tambem estou escrevendo poesia, venha visitar o meu blog, http://assombrado-mc.blogspot.com voce quer parceria? eu divulgo o seu voce divulga o meu=?
ResponderEliminarObrigado por este blog esetacular, convido a todos a verem a pagina www.facebook.com/poemasepoetasdarua dedicada á partilha de poemas e opinioes. Vamos ler, escrever e partilhar ARTE!
ResponderEliminarobrigado mais uma vez pelo blog