Natal do nascimento do Menino, que desde muito pequenina em casa do meu avô, me acostumei a ver deitado nas palhinhas e também, durante muitos anos, em casa dos meus Pais.
Desses Natais, guardo memórias infindáveis, de outro Menino em palhas deitado...
Seguindo a tradição, continuei a deitar o Menino nas palhinhas todos os Natais, pensando em quantos meninos, nem palhinhas tinham para se deitar.
Mas em todos os Natais, cada vez menos se recorda o Menino, nem o motivo pelo qual ele nasceu, sendo prioritário o consumismo que se gera nesta época.
Por isso, quando hoje acordei com vontade de aqui colocar um poema de Natal, recordando o Menino que já nasceu, dei a minha habitual volta pela blogosfera, em busca de palavras que me fizessem sentir o verdadeiro espírito do Natal... não aquele espírito comercial, que leva a compras desenfreadas, a trânsito interminável, a troca de prendinhas quase obrigatórias, entre familiares, que por vezes, só para o próximo Natal é que se voltam a encontrar, mas aquele espírito que eu sentia há anos, quando me contaram porque motivo o Menino tinha nascido...
Ao final do dia, descubro uma pequena maravilha, que me atrevi a "roubar" à Maria Pedrógão, da Casa de Maio e que me fez recordar os cânticos de Natal da minha infância e que aqui vos deixo…
Sino de Belém,
Já nasceu o Deus Menino
Que a Senhora tem.
É Natal, é Natal,
Vamos sem demora,
Já nasceu o Deus Menino
Que a Senhora adora.
Quero que todos os dias
Sejam dias de Natal
Para todos terem alegria
E a ninguém lembrar o mal
Ò menino! Não te esqueças
De me dar um presente
Transforma todos os dias
Em Natais p'ra toda a gente.
Em Natais quentes de amor
Com cestos cheios de pão
Com homens todos irmãos
(do Cântico tradicional)