Aonde teus passos me levam,
aí, o voo segue da noite.
Escrevo as linhas do percurso, e
toco, a teu lado, entre fetos e
urtigas, a câmara escura da casa.
Rasga o comboio os campos manchegos,
com uma toalha húmida e
um livro aberto, a cobrir a nudez que
sofremos.
E desenhas o mapa dos líquenes, e
aprendes, a meu lado, sobre o esqueleto
dos reis, a aresta antiga das
torres.
Aonde os anjos escalam o oiro das uvas,
aí, o horizonte morre da manha.
in, Doze Mapas, (Poesia Reunida 1969-2019)
a págs. 245, (Edição Glaciar)
(ª) Mário Cláudio , para ler sobre a biografia do autor, clique no nome, por favor.
Também o encontra Aqui (Facebook)
Pintura de Jesús Miguel Lozano Cantó