Imagem daqui
Por fim, Sophia
desatados os laços
vencidos os limites
estende-te o mar o seu tapete de ondas
como quem estende os braços
Respondes ao convite?
Guardou, só para ti
na tua metade maresia
prodígios, espantos, maravilhas
estranhos como Giocondas…
Esperam-te as ilhas
que sonhaste
E esses corcéis que nunca cavalgaste
sacodem já as crinas
em desafio
Segue o teu fio
de praias extasiadas
de manhãs cristalinas
até que se te acabem as areias
e te venham buscar
breves, aladas
as vagas por que anseias
Vai, ruma ao Norte
desprende-te do Sul
que a tua sorte
não é daqui, é de outro azul
Vai, habitar para sempre o Mar da Poesia
Adeus, Sophia.
(Poema de AV in Porta do Vento)